Brasil bate marca de 4 mil mortes diárias por covid-19

Da Redação

O Brasil bateu a marca das quatro mil mortes diárias por covid-19. De acordo com o balanço diário do Ministério da Saúde divulgado na noite desta terça-feira (6), as autoridades de saúde confirmaram 4.195 óbitos em função da doença nas últimas 24 horas.

Com isso, o número de vítimas que não resistiram à pandemia do novo coronavírus subiu para 336.947. Ainda há 3.598 mortes em investigação por equipes de saúde. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente.

Já o número de novos casos confirmados em 24 horas foi de 86.979. O país chegou a 13.100.580 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

O número de pessoas recuperadas subiu para 11.558.774. Já a quantidade de pacientes com casos ativos, em acompanhamento por equipes de saúde, ficou em 1.204.849.

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (78.554), Rio de Janeiro (38.040), Minas Gerais (25.795), Rio Grande do Sul (21.018) e Paraná (17.685). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Acre (1.306), Amapá (1.346), Roraima (1.362), Tocantins (2.133) e Sergipe (3.642).

Até o início da noite, haviam sido distribuídas 43,3 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicadas 22,4 milhões de doses, sendo 17,4 milhões da 1ª dose e 4,9 milhões da 2ª dose.

Abril crítico

A pandemia do novo coronavírus pode permanecer em níveis críticos durante o mês de abril, alerta o Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado neste dia 6 no Rio de Janeiro. O boletim confirma que o vírus Sars-CoV-2 e suas variantes permanecem em circulação intensa em todo o país, o que pode estender a crise sanitária e dos sistemas e serviços de saúde nos estados brasileiros e suas capitais.

Outro fator agravante é a sobrecarga dos hospitais, com elevado índice de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTI). Os dados apurados pelos pesquisadores da Fiocruz revelam ainda novo aumento da taxa de letalidade, que passou de 3,3% para 4,2%, contra 2% no final de 2020. Os pesquisadores advertem que a expansão da letalidade pode ser consequência da falta de capacidade de se diagnosticar correta e oportunamente os casos graves, somada à sobrecarga dos hospitais.

Os responsáveis pelo estudo afirmam que, no momento, é fundamental adotar ou dar continuidade a medidas de contenção das taxas de transmissão e crescimento de casos por meio de bloqueio ou lockdown (confinamento), seguidas de medidas de mitigação, visando a reduzir a velocidade da propagação da covid-19.

Segundo os pesquisadores, as medidas de restrição de atividades não essenciais precisam ser mais rigorosas para todos os estados, capitais e regiões que apresentem taxa de ocupação de leitos superior a 85% e tendência de elevação no número de casos e de mortes.

Para que as ações tenham sucesso, as medidas de bloqueio devem durar pelo menos 14 dias e, em alguns casos, ser prorrogadas por mais tempo, afirmam os estudiosos, que destacam também a necessidade de convergência entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como nos diferentes níveis de governo (municipais, estaduais e federal), em favor das medidas de bloqueio.

“Coerência e convergência são fundamentais neste momento de crise para que as medidas de bloqueio sejam efetivamente adotadas de forma a sair do estado de colapso de saúde e progredir para uma etapa de medidas de mitigação da pandemia, diminuindo o número de mortes, casos e taxas de transmissão e efetivamente salvando vidas”, ressaltam os responsáveis pelo boletim.

As medidas de bloqueio propostas incluem proibição de eventos presenciais, como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional; suspensão das atividades presenciais em todos os níveis de ensino; toque de recolher nacional a partir das 20h e terminando às 6h, inclusive nos fins de semana; fechamento de praias e bares; adoção de trabalho remoto, sempre que possível, nos setores público e privado.

Outras sugestões são instituir barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerados o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual; ações para reduzir a superlotação nos transportes coletivos urbanos; ampliar a testagem e o acompanhamento dos pacientes testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos. Os pesquisadores recomendam ainda o fortalecimento da rede de serviços de saúde e aceleração da imunização da população.

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