23 mortos em tragédia na Bahia, Presidente lamenta naufrágios em Salvador e Pará

Da Redação
Com agencias

Subiu para 23 o número de mortos, após uma lancha virar na manhã de 24 de agosto durante travessia entre Mar Grande e Salvador. A informação é da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), que repassou o número da Capitania dos Portos. A lancha transportava mais de 100 pessoas. O governador da Bahia, Rui Costa, decretou luto oficial de três dias devido à tragédia.

A Sesab informou que cerca de 100 pessoas já deram entrada para atendimento nas unidades de saúde da Ilha de Itaparica, por causa do acidente. A coordenação do Samu informou que os resgatados com vida não serão mais levados para Salvador, serão encaminhados para cidades próximas. Somente casos graves devem ser atendidos na capital.

No local do naufrágio, próximo à ilha de Itaparica, agentes dos órgãos de Defesa e Resgate enfrentam dificuldades devido aos fortes ventos. No Terminal Marítimo de Salvador, parentes das vítimas se aglomeram em busca de informações.

Os órgãos do governo estão prestando no local. Mas alguns reclamam que ainda tem dificuldade em confirmar se parentes estavam na embarcação que naufragou.

A costureira Rosa Maria conta que demorou para conseguir a confirmação da morte da sobrinha, Alessandra Santos, cuja idade não soube precisar. “Ela tem uns 40 anos e não resistiu, foi achada morta na praia, mas o marido dela foi encontrado com vida e socorrido. Eles nos recebem aqui e nos levam para o fundo do terminal para que a imprensa não veja a falta de informação”, diz.

Um dos membros da Associação em Defesa dos Passageiros, José Batista Lima, disse que moradores da Ilha de Itaparica já haviam relatado as péssimas condições das lanchas e a falta de fiscalização. “Os moradores da ilha pediram nosso apoio e eu iria para lá no sábado, para averiguar a situação das lanchas e fazer um ofício às autoridades competentes. Os moradores me diziam que se houvesse fiscalização isso não aconteceria, porque a lancha estava em estado muito ruim”, disse.

Presidente lamenta

O presidente Michel Temer lamentou, em nota e em rede social, as mortes nos naufrágios ocorridos na Bahia, e na terça-feira (dia 22), no Pará. Ele prestou solidariedade às famílias das vítimas.

A nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República informa que a estrutura do governo federal está à disposição para ajudar nas buscas e no apoio aos sobreviventes. “As providências para apurar as causas dos acidentes e punir os responsáveis estão sendo tomadas, em todas as três esferas de governo” declarou na nota.

No dia 22, uma embarcação naufragou, no Pará, numa região conhecida como Ponte Grande do Xingu, localizada entre os municípios de Senador José Porfírio e Porto de Moz. Chega a 19 o número de mortos no acidente.

 

De acordo com a Defesa Civil, 23 pessoas foram resgatadas com vida e sete permanecem desaparecidas e estão sendo procuradas pelos parentes. Com isso, segundo a Secretaria de Segurança, 49 passageiros estariam a bordo da embarcação naufragada na noite do dia 22.

Segundo o Corpo de Bombeiros, os corpos foram achados flutuando, a uma distância de cerca de quatro quilômetros do local onde está fundeada a embarcação, que saiu de Santarém e seguia para Vitória do Xingu.

Os corpos estão sendo levados para o ginásio municipal de Porto de Moz, onde os peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves fazem o trabalho de identificação, seguido de reconhecimento por parte dos familiares para a liberação.

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estadual coordenam as ações de busca, salvamento e atendimento social na sede da Câmara Municipal. No local foi instalado um gabinete de crise com a presença das forças de segurança estaduais, poder executivo municipal e demais órgãos envolvidos na operação de resgate às vítimas do naufrágio.

A Polícia Civil já ouviu integrantes da tripulação e sobreviventes. O delegado Elcio de Deus, de Porto de Moz, disse que muitos sobreviventes relataram que a embarcação foi atingida por uma tromba d’água, fenômeno semelhante a um tornado. “A tripulação disse ter visto, no horizonte, algo com o formato de um funil, acompanhado de muita chuva e vento forte, e que teria pego o barco pela popa e o afundado. De acordo com os relatos a embarcação girou e afundou em seguida”, informou o delegado.

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