Vítimas dos atentados na Espanha são de 34 nacionalidades, duas portuguesas

Mundo Lusíada
Com Lusa

As 14 vítimas mortais e centena de pessoas feridas nos atentados de quinta-feira e sexta em Barcelona e Cambrils (Tarragona), nordeste de Espanha, são de 34 nacionalidades diferentes, informou a Proteção Civil.

O atropelamento intencional de uma multidão no centro de Barcelona fez 13 mortos e uma centena de feridos. Entre os mortos foram já identificados, segundo informações dos respectivos governos, duas portuguesas, uma de 74 anos que era residente de Lisboa, e a jovem de 20 anos que estava desaparecida, além de um italiano de 35 e uma belga de 44. Em Cambrills, seis pessoas ficaram feridas, uma acabou por morrer no hospital.

O presidente declarou ter sido com “profundo pesar” que soube da confirmação da segunda vítima mortal portuguesa, renovando as condolências “à família tão duramente atingida”.

“Foi com profundo pesar que tomei conhecimento da confirmação da segunda vítima mortal portuguesa no ignóbil atentado de Barcelona. Renovo as minhas sentidas condolências à família tão duramente atingida, em meu nome próprio e da Nação portuguesa”, lê-se numa mensagem do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, divulgada na página da Internet da Presidência.

O primeiro-ministro, António Costa, confirmou que a rapariga de 20 anos que estava desaparecida após o atentado terrorista é a segunda vítima mortal portuguesa.

Segundo a Proteção Civil espanhola, entre as vítimas dos dois ataques estão cidadãos de Espanha, Alemanha, Argélia, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, China, Colômbia, Cuba, Equador, Egito, Estados unidos, Filipinas, França, Grécia, Holanda, Honduras, Hungria, Irlanda, Itália, Koweit, Macedônia, Marrocos, Mauritânia, Paquistão, Peru, Reino Unido, República Dominicana, Romênia, Taiwan, Turquia e Venezuela.

Espanha foi alvo na quinta-feira de dois ataques terroristas, em Barcelona e em Carrils, Tarragona, que fizeram 14 mortos e cerca de 100 feridos. O atentado de Barcelona ocorreu cerca das 17:00 locais (16:00 em Lisboa) de quinta-feira, quando uma furgoneta branca Fiat galgou um passeio e avançou sobre a multidão nas Ramblas, grande avenida do centro da capital catalã frequentada diariamente por milhares de pessoas.

Horas depois, de madrugada, cinco homens a bordo de um automóvel Audi A3 atropelaram um grupo de pessoas em Carrils, Tarragona, uma estância balnear a cerca de 100 quilômetros de Barcelona. Seis pessoas, incluindo um polícia, ficaram feridas. Uma delas, uma mulher que estava em estado crítico, acabou por morrer elevando para 14 o balanço de vítimas mortais dos dois ataques.

Aplicativo luso

Na sequencia do atentado, o secretário de Estados das Comunidades recomendou aos viajantes portugueses no estrangeiro o uso do aplicativo “Registo Viajante” e pede que evitem os locais de grande concentração populacional.

“Eu recomendo aos portugueses que estão em viagem – em turismo ou em trabalho – a utilização da aplicação ‘Registo Viajante’. É uma aplicação móvel gratuita que permite termos uma base de dados dos portugueses que estão em movimento. São portugueses que habitualmente não se registam em postos consulares, porque estão nos países de uma forma muito temporária”, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

José Luís Carneiro acrescenta que se trata de uma aplicação para telemóveis gratuita e que os dados pessoais são protegidos, e já foi utilizado por 10 mil portugueses. O “Registo Viajante”, sublinhou, permite em circunstâncias como as que ocorreram nos recentes ataques na Catalunha verificar “se há ou não portugueses” entre as vítimas, permitindo também o envio de pedidos de socorro o que facilita os contatos entre Portugal e as autoridades dos países onde se encontram os viajantes.

O rei e o primeiro-ministro de Espanha presidiram, perante milhares de pessoas, à cerimônia de observação de um minuto de silêncio em memória das vítimas do ataque terrorista. Terminado o minuto de silêncio, os milhares de participantes aplaudiram e cantaram “Não tenho medo! Não tenho medo!”.

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