Partidos portugueses acompanham situação política no Brasil, PCP condena golpe

Mundo Lusíada
Com agencias

Brasília na noite de 16 de março. Foto Agencia Brasil
Brasília na noite de 16 de março. Foto Agencia Brasil

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou estar a acompanhar a situação no Brasil com preocupação, esperando que no país funcione “o princípio da separação de poderes” e as instituições que lhe dão corpo.

“O que eu posso dizer em relação a essa matéria como em relação a qualquer matéria que tenha a ver com questões políticas e judiciais de países estrangeiros, é com preocupação mas com o desejo que o principio da separação de poderes, por um lado, e que as instituições que o corporiza, por outro, possam funcionar em todos os países e no Brasil também”, afirmou Assunção Cristas.

Já o PCP apontou a crise do capitalismo como uma das causas da situação no Brasil, condenando a operação de destabilização e de “cariz golpista” que diz estar a ser promovida e manifestando-se solidário com “as forças progressistas brasileiras”.

Numa nota divulgada no ‘site’ do partido, os comunistas acusam os setores “mais retrógrados e antidemocráticas” de promover uma “intensa operação de desestabilização e de cariz golpista” por forma a alcançar o que não conseguiram nas últimas eleições presidenciais.

“A ação montada contra Lula da Silva insere-se neste processo mais geral de desestabilização”, sublinha o PCP, considerando que o que sobressai nos recentes acontecimentos no Brasil não é a tentativa de combater a corrupção e um sistema político e eleitoral que a favorece, mas “uma ação protagonizada pelos setores mais retrógrados”.

O objetivo, prossegue o PCP, é “a criação das condições para a reversão dos avanços nas condições de vida do povo brasileiro alcançados nos últimos 13 anos”.

“O PCP é solidário com as forças progressistas brasileiras, com os trabalhadores e o povo brasileiro e a sua luta em defesa dos seus direitos, da democracia, da justiça e progresso social”, sublinha o partido.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, escusou-se a comentar a situação no Brasil, afirmando que não cabe ao chefe de Estado “acompanhar e muito menos opinar” sobre o que se passa no país.

“Não cabe ao Presidente português acompanhar o que se passa e muito menos opinar sobre o que se passa no Brasil, quer em território português – como é o caso desta embaixada – quer a propósito de uma visita a Espanha”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa num encontro com os jornalistas portugueses na representação diplomática portuguesa em Madrid.

Ainda assim, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que o Brasil foi tema de conversa com o monarca espanhol, na perspectiva da importância que a América Latina tem quer para a economia espanhola quer para a economia portuguesa.

“Tive ocasião de dizer que nós falamos de continentes aos quais Espanha e Portugal estão ligados. E é evidente que a América Latina é uma realidade importante e o Brasil, por maioria de razão, pela pertença à CPLP”, disse o Presidente ao ser questionado sobre se o tema do Brasil suscitou “preocupação” nos dois Chefes de Estado.

Direita
Segundo o Notícias do Minuto, o deputado do CDS, Hélder Amaral divulgou que “Lula entrou ‘pobre’ num Brasil rico, e saiu rico de um Brasil pobre”. Hélder Amaral remete ainda as suas declarações para uma expressão muito divulgada pelos brasileiros, mas com uma ligeira alteração, do que seria uma frase de Lula então como sindicalista em protesto contra o governo da época. “Quando um pobre rouba, vai para a cadeia, mas quando um rico rouba ele vira ministro”, escreveu em sua rede social no último dia 15.

Do PSD, Duarte Marques disse em 15 de março que “depois de José Sócrates e Hugo Chávez agora temos Lula. Os inspiradores da Esquerda moderna na América do Sul aqui ela Península Ibérica, pois também o Podemos de Pablo Iglésias trabalhou na base doutrinária do regime da Venezuela, além de ter sido financiado por Nicolas Maduro, traíram os seus princípios e aqueles que mais juraram defender”.

“Ao aceitar ser ministro de Dilma, em troca da imunidade, Lula confessa a sua culpa, esconde-se da justiça e atraiçoa a nação e a democracia brasileira”, defendeu. “Sócrates, Lula e Chávez são três vértices do mesmo estilo, do mesmo sistema, da mesma teia. O populismo de pés de barro é perigoso e ainda mais danoso quanto aos arautos da moral são afinal os piores do regime”.

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