Ministro representa o Brasil na sessão de 50 anos 25 de Abril no Parlamento

Da Redação com Lusa

O Presidente brasileiro não marcará presença em Portugal nas comemorações dos 50 anos 25 de Abril no parlamento e está previsto que o Brasil seja representado pelo ministro das Relações Exteriores, segundo fontes oficiais.

Este ano, os chefes de Estado de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), e de Timor-Leste vão participar em Lisboa numa sessão evocativa do 25 de Abril.

Em Brasília, o Presidente Lula da Silva tem previsto participar de um jantar comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril na residência oficial da Embaixada de Portugal. A informação foi avançada hoje à Lusa por fonte oficial do Planalto brasileiro.

Em 11 de abril, também em declarações à Lusa, fontes oficiais brasileiras indicaram que o Presidente brasileiro não marcaria presença em Portugal nas comemorações dos 50 anos 25 de Abril no parlamento, estando previsto que o Brasil seja representado pelo ministro das Relações Exteriores.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, representará assim o Brasil no lugar do chefe de Estado brasileiro que esteve presente na Assembleia da República no 25 de Abril do ano passado, num acontecimento envolto em polêmica.

Em fevereiro de 2023, o então ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, durante uma viagem a Brasília, anunciou que Lula da Silva iria discursar na sessão solene dos 49 anos da celebração da Revolução dos Cravos.

Contudo, após críticas da maioria das bancadas parlamentares portugueses, o chefe de Estado brasileiro não discursou, nem esteve presente na sessão solene 25 de Abril.

Em vez disso, foi realizada uma sessão de boas-vindas a Lula da Silva, nesse mesmo dia, na Assembleia da República, que antecedeu a sessão solene do 25 de Abril e que ficou marcada por um protesto do partido Chega durante o discurso do Presidente brasileiro.

Lula da Silva desvalorizou o protesto, considerando que as “pessoas quando não têm uma coisa boa para aparecer” fazem “essa cena de ridículo”, um “papelão”.

“Eu às vezes lamento porque as pessoas quando não têm uma coisa boa para fazer, para aparecer, as pessoas fazem essa cena de ridículo. Eu sinceramente não sei como é que estas pessoas vão chegar em casa, olhar nos seus filhos, nos seus pais e falar que estiveram na assembleia”, afirmou.

Por sua vez, o então presidente da Assembleia da República portuguesa, Augusto Santos Silva, avisou que “chega de insultos e de porem vergonha no nome de Portugal”, depois dos deputados do partido liderado por André Ventura terem levantado cartazes durante o discurso do chefe de Estado brasileiro.

Lula da Silva esteve em Portugal entre 21 e 25 de abril, para participar na cimeira entre os dois Estados e para assinar o diploma do Prémio Camões 2019 de Chico Buarque.

 

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