Durão Barroso volta a negar interesse em candidatura presidencial, Marcelo evita comentar

Mundo Lusíada com agência Lusa

O antigo líder do PSD José Manuel Durão Barroso voltou a afastar interesse em uma possível candidatura à presidência da república e defendeu que “ganhar as eleições” europeias será fundamental para o partido voltar à governação.

Durão Barroso foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de se candidatar a Presidente da República, mas recusou voltar ao tema “todos os dias”, remetendo para declarações feitas em fevereiro em que afastou estar na corrida a Belém, dizendo que a sua convicção “é exatamente a mesma”.

Questionado se, no seu caso, “um nunca é mesmo um nunca”, respondeu: “Exatamente, já disse”, e completou: “É o cargo mais importante que um português pode ter. Fico lisonjeado, mas não há minimamente uma hipótese. (…) Mesmo se tivesse essa vontade, não sei se alguém votaria em mim. Não estou nessa competição”, disse.

Agora, questionado sobre alguns nomes da sua área política que admitiram essa possibilidade, como Marques Mendes ou Santana Lopes, respondeu apenas que “é bom que todos aqueles que se sentem com capacidade para determinados cargos” assumam essa disponibilidade, mas recusou entrar em “conversa de comentadores”.

Para Durão Barroso, “a prioridade política do PSD é preparar-se para ser Governo”, defendendo que o país precisa de uma outra governação, e que para tal tem de vencer as europeias de janeiro de 2024.

“Claro que todas as eleições são importantes, mas do ponto de vista político agora o importante, além das eleições da Madeira, é ganhar as europeias. O objetivo político imediato é preparar-se para ser Governo, para isso é muito importante ter uma vitória nas europeias”, defendeu.

Questionado se esse resultado poderá ter consequências na liderança de Luís Montenegro ou se seria benéfico apresentar rapidamente os candidatos às europeias, Durão Barroso voltou a recusar entrar na política partidária. “Não estou com qualquer disponibilidade para intervenção política partidária, a não ser exprimir a minha opinião”, assegurou.

Marcelo Rebelo diz que “Presidente da República não deve comentar eventuais candidaturas”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou comentar eventuais candidaturas presidenciais, apontando que os seus antecessores também não o fizeram, e indicou que não tenciona pronunciar-se sobre política nacional depois de cessar funções.

“Eu não tenho nada a dizer sobre o próximo Presidente da República”, disse durante intervenção no Palácio de Belém, em Lisboa.

Marcelo Rebelo apontou que “como todos” os seus antecessores fizeram, “o Presidente da República “não pode nem deve falar de candidaturas, candidaturas a candidaturas, de eleições presidenciais”.

“Isso é uma matéria que não faz sentido. Nem o Presidente Eanes, nem o Presidente Soares, nem o Presidente Sampaio, nem o Presidente Cavaco tomaram posição sobre essas matérias, e bem, é uma boa linha que eu vou seguir”, indicou.

O Presidente da República afirmou também que, quando cessar as suas funções, pretende não se pronunciar sobre a política portuguesa, “subsequentemente”.

No último dia 27 de agosto, o antigo líder do PSD Luís Marques Mendes admitiu uma candidatura presidencial “se houver utilidade para o país”.

Nesta ocasião, o Presidente Marcelo foi questionado também sobre a convocação de uma greve de uma semana em setembro por parte do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop), o Presidente disse que o direito à greve “é um direito dos trabalhadores e dos sindicatos”, e que suas expectativas são de um ano que corresponda às expectativas dos alunos e da sociedade.

 

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