Pesquisa do Instituto Federal do Amapá é apresentada em Portugal

Da Redação

Logo_SOJAA professora Gilvanete Ferreira e a aluna Karita dos Santos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap) apresentaram um projeto de pesquisa sobre a importância dos sorvetes regionais, no 12º Encontro de Química dos Alimentos, realizado entre os dias 10 e 12 de setembro, na Universidade de Lisboa, em Portugal.

O 12º Encontro de Química dos Alimentos é realizado com uma periodicidade bianual e tem percorrido diversas cidades de Portugal, inserido nas atividades da divisão de química de alimentos da sociedade portuguesa de química. Nesta edição do evento, a temática abordada foi ‘Composição Química, Estrutura e Funcionalidade: a ponte entre alimentos novos e tradicionais’.

Objetivo da pesquisa brasileira deriva do fato de o Brasil ser um grande produtor de soja e a diversidade frutífera que existe na Amazônia. Esse fator motivou a elaboração receitas de sorvetes a partir de polpas de cupuaçu e açaí, com base de extrato de soja em substituição ao leite bovino.

Os resultados obtidos no experimento foram descritos no artigo ‘Sorvetes regionais: fonte de fibras, alimento funcional e teste de aceitabilidade e preferência mercadológica no Amapá, Brasil’, selecionado para apresentação no congresso.

A professora Gilvanete explica que a ampliação do mercado de alimentos à base de soja fez surgir a ideia da pesquisa. Ela lembra que produtos como sucos de frutas, sorvetes e iogurtes inserem-se cada vez mais nos hábitos alimentares dos consumidores.

“A Amazônia tem uma variedade de fruteiras consideradas potenciais, e dentre elas se destacam o açaí e o cupuaçu, pelo elevado valor nutritivo. Então, resolvemos desenvolver a receita de sorvete com a mistura dessas frutas à base de extrato de soja”, justifica a professora. “Apesar disso, o Brasil, segundo maior produtor mundial de soja, usa apenas 3% do total da produção para alimentação.”

Gilvanete observa, ainda, que a soja é uma matéria-prima alternativa ao leite de vaca, em formulações de alimentos para pessoas com intolerância à lactose, além de ser uma opção para ser servido como merenda escolar.

“Lá, pude conhecer pesquisas realizadas em várias partes do mundo relacionadas a minha área de interesse, a dos alimentos funcionais, isso sem falar da experiência que é viajar sozinha para outro país”, afirma Karita, que cursa o terceiro ano do curso técnico integrado de alimentos no instituto.

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