Web Summit: Startup portuguesa preparada para fechar negócios no gigante mercado brasileiro

Da Redação com Lusa

Para o cofundador e CEO da Vawlt, a primeira edição da Web Summit Rio superou as expectativas, e mostrou-se confiante de que nas próximas semanas conseguirá fechar negócios no gigante sul-americano.

“Foi incrivelmente positivo, bem acima das minhas expectativas Vou para ser totalmente honesto. Conseguimos reunir com um grande distribuidor local que por sua vez já se vai reproduzir em parceiros do canal”, disse à Lusa, Ricardo Mendes, cofundador e CEO da Vawlt, uma startup portuguesa com nove funcionários que esteve no Rio de Janeiro na Web Summit com a apoio da Startup Portugal.

A empresa já tinha alguns clientes do Brasil, mas o evento de quatro dias que terminou dia 04, serviu sobretudo “para fortalecer este canal aqui no Brasil para chegar a um mercado que é de uma escala, obviamente interessante por um lado, mas também muitíssimo desafiante”, detalhou.

Agora, a startup conseguiu dar os “primeiros apertos de mão e para as próximas semanas” e o objetivo passa por “fechar coisas e começar a dar passos no caminho da internacionalização para este mercado”, frisou Ricardo Mendes.

A empresa de proteção de dados, segundo Ricardo Mendes, capaz de “literalmente em minutos criar uma forma de armazenar dados das empresas” e de os proteger já tem dois parceiros no Brasil e cerca de uma dezena de clientes finais na expectativa que se tornarão clientes.

Em relação ao mercado brasileiro, um país de tamanho continental, de cerca de 220 milhões de pessoas, o cofundador e CEO da Vawlt garantiu que a empresa preparou o modelo de desenvolvimento do negócio que permite esse tipo de escala.

“Evidentemente vamos ter desafios, mas que não tinha a mesma graça se não tivéssemos”, concluiu.

O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016, e vai manter-se na capital portuguesa até 2028. A empresa anunciou recentemente a expansão para o Médio Oriente, com a Web Summit Qatar prevista para o início de 2024.

Portugal esteve representado na Web Summit Rio por 25 ‘startups’, ligadas a áreas como ‘software’, educação ou inteligência artificial.

BlockBee, Blue Insight Technologies, Deeploy.me, Dizconto, Enline, Frontfiles, Go Beesiness, Hoopers, IDE Social Hub, Infinite Foundry, Itercare, Knok Healthcare, Leadzai, Mentorise, Modatta e Move, assim como a My Data Manager, MyCareforce, ndBIM, Neroes, Sensei, SheerME, Swood, Vawlt Technologies e Wallstreeters foram os representantes portugueses.

Basquetebol

Já o fundador e CEO da Hoppers, uma plataforma de comunidade de basquetebol afirmou à Lusa que ambiciona agarrar o mercado brasileiro de basquetebol de “70 milhões de fãs” e com a maior taxa de crescimento de adeptos da modalidade.

“O Brasil é o país do mundo com a maior taxa de crescimento de fãs do basquetebol” e “está num momento único em que as marcas olham para esta tribo urbana, para este movimento que existe”, frisou André Costa, na quinta-feira, no último dia do evento.

O Brasil é uma aposta atual, e para o futuro da Hoopers – que tem como finalidade conectar jogadores, fãs, entusiastas do Basquetebol – na esperança que as portas do gigante mercado sul-americano se possam abrir para esta startup portuguesa que nasceu em 2020 e que já conta uma comunidade com cerca de 15.000 membros, concentrados em Espanha e Portugal.

“O mercado onde nós estamos [Brasil] tem uma escala completamente diferente dos mercados onde operamos atualmente” e a missão da Hoopers passa por capitalizar em cima dessa escala e dobrar o número de membros

“O objetivo é crescer muito rápido aqui no Brasil tirando partido da massa humana que aqui existe e que atualmente tem cerca de 70 milhões de fãs da nossa modalidade”, frisou o responsável da Hoopers.

O trabalho desta startup é a interação entre os espaços físicos e o mundo digital.

“Desenvolvemos projetos que tem a ver com a recuperação de campos desportivos, com intervenções urbanas, em cima disso, construímos toda uma variável de conteúdos, produtos e usamos a tecnologia para casar cada uma destas peças”, explicou o responsável, que teve sempre uma ligação familiar ao basquetebol.

“Eu acho que eu passei uma boa parte da minha vida dentro de um campo de basquete, seja num pavilhão, na rua e dentro desse processo todo, foi sempre olhando para aquilo que eram as dificuldades que uma comunidade tinha e a fragmentação existente, pessoas dispersas em múltiplas plataformas e ainda com dificuldades de funcionar coisas tão básicas como encontrar um campo para jogar, conectar-me com a comunidade local, e aceder a conteúdos e produtos de forma fácil”, disse.

Participaram nesta edição no Rio de Janeiro mais de 21.367 participantes de 91 países e 974 startups, representando 28 setores.

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