Inspetores das pescas iniciaram nova greve nacional

Da Redação
Com Lusa

Os inspetores das pescas iniciaram nesta segunda-feira um novo trimestre de greve ao trabalho extraordinário e em dia de descanso, em defesa de uma carreira de inspeção e de um regime específico de trabalho.

De acordo com um representante da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), este novo período de greve ao trabalho prestado para além do período normal de trabalho, em dias de descanso e feriados prolonga-se até 30 de junho.

Estes funcionários públicos exigem do Governo “a negociação e subsequente aprovação da carreira especial de inspeção e respectivo regime de trabalho e que as competências de investigação/inspeção/fiscalização das pescas fiquem sediadas exclusivamente na Autoridade Nacional das Pescas e na inspeção das pescas em concreto”.

Os inspetores das pescas iniciaram a greve ao trabalho extraordinário e em dia de descanso no último trimestre de 2017 e continuaram-na no primeiro trimestre deste ano.

Em fevereiro o Ministério do Mar apresentou à FNSTFPS um projeto de criação da carreira especial de inspeção das pescas, que, segundo a estrutura sindical, não correspondeu às expectativas e às exigências dos trabalhadores.

“Não só porque no plano salarial não se regista qualquer valorização, mas também porque não consagra medidas para a resolução de problemas que subsistem há largos anos, como o da organização dos horários e da duração de trabalho, o da compensação pelo trabalho prestado em missões a bordo e o do regime de aposentação”, diz a federação em comunicado.

Em 9 de março a Federação reuniu-se com o Secretário de Estado das Pescas, a quem apresentou uma contra proposta com alterações ao projeto do Governo, mas até agora não foi marcada nova reunião negocial.

“Deste modo, a FNSTFPS e os trabalhadores da carreira de inspeção das pescas, decidiram prolongar a greve ao trabalho suplementar a prestar para além do período normal de trabalho, em dias de descanso semanal e feriados, com a apresentação de um novo aviso prévio, sendo que no período em causa, poderão vir a ser postas em causa diversas ações de fiscalização quer nacionais quer internacionais”, acrescenta a nota de imprensa.

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