Aeroporto: “Não podemos aceitar” infraestrutura dentro da cidade numa economia de futuro – TAP

Da Redação com Lusa

O presidente da TAP, Luís Rodrigues, defendeu hoje que não é aceitável um aeroporto dentro da cidade numa economia de futuro sustentável e que é preciso tomar uma decisão, “seja ela qual for”.

“Não podemos aceitar que, numa economia de futuro sustentável, haja um aeroporto dentro da cidade”, afirmou o ‘chairman’ e presidente executivo da TAP, durante a sua intervenção no almoço promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa.

Para o responsável da companhia aérea, um novo aeroporto é um projeto transformador de um país como Portugal e é preciso uma decisão, “seja ela qual for”, para que não se percam os turistas que o país recebe.

Privatização

Luís Rodrigues afirmou que a privatização da companhia não “estraga os planos” de a tentar transformar numa das mais atrativas da indústria da aviação, acrescentando que vão trabalhar como se a venda não existisse.

“A privatização não estraga os nossos planos de tentar transformar esta companhia numa das mais atrativas da indústria. Vamos fazer o caminho com as equipas, vamos tentar baixar o tom, porque, de facto, a nossa sorte é que 75% dos nossos passageiros não são portugueses, não viram a CPI [comissão parlamentar de inquérito]”, afirmou o presidente executivo da TAP.

O responsável garantiu ainda que a companhia vai trabalhar “como se não fosse haver privatização”.

“Posso garantir que quem vier vai dizer ‘esta malta é boa, estão-se a mexer, deixa estar, não toques, não estragues’”, acrescentou Luís Rodrigues.

O Porto

O presidente da TAP disse ainda que o Porto tem um papel maior do que tem tido até agora na programação da companhia aérea, que tem naquela infraestrutura a sua margem de crescimento enquanto não houver novo aeroporto.

“Para mim é muito claro que o Porto tem um papel maior do que tem tido até agora”, afirmou Luís Rodrigues, no almoço promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa.

O responsável disse ter ficado “contente” por ver que o decreto-lei que estabelece as condições para a privatização da TAP faz uma particular referência ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e ao seu crescimento.

“Não vamos ter novo aeroporto na região de Lisboa nos próximos 10 anos, mesmo que haja uma decisão amanhã. Até 2025 estamos relativamente condicionados pelo plano de reestruturação, […] mas entre 2025 e os próximos 10 anos a nossa margem de crescimento é o Porto. O Porto está no radar como não esteve até agora”, acrescentou.

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