Governos de Angola e Brasil confirmam mortes em desastre de Moçambique

Da Redação
Com Lusa

bandeira-moçambiqueOs governos de Angola e do Brasil confirmaram em 30 de novembro a morte de nove angolanos e um brasileiro que seguiam no avião das Linhas Aéreas Moçambicanas (LAM) que se despenhou sexta-feira no norte da Namíbia.

Em declarações à Agência de Notícias de Angola (ANGOP), o primeiro secretário da embaixada de Moçambique em Angola, António Silva, confirmou a morte de nove cidadãos nacionais, mas disse ainda estar a aguardar informações adicionais sobre o desastre.

Entretanto, o governo brasileiro confirmou a presença de um brasileiro a bordo do avião da LAM, que transportava 33 pessoas.

O Ministério brasileiro das Relações Exteriores já recebeu o nome da vítima e entrou em contato com a família, mas aguarda mais informações antes de fazer o comunicado oficial.

Fonte diplomática contatada pela Lusa indicou que o cidadão brasileiro tem também nacionalidade portuguesa, pelo que foi também contabilizado como uma das vítimas mortais portuguesas.

Segundo os primeiros dados fornecidos pela transportadora LAM, entre os 27 passageiros constavam cinco portugueses, mas o número foi atualizado para seis pelo Governo português, com José Cesário a referir, sem especificar, que existem casos de dupla nacionalidade.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português revelou, em comunicado, que já foram contactaram os familiares de quatro dos portugueses que viajavam no voo TM470, entre Maputo e Luanda.

Além dos cidadãos portugueses e dos seis tripulantes, no avião seguiam, segundo a LAM, passageiros de nacionalidade moçambicana, angolana, francesa, brasileira e chinesa.

Desastre
A aeronave, um modelo Embraer 190 com capacidade para 90 passageiros, foi comprado pelas LAM para modernizar sua frota e substituir os antigos Boeing.

O acidente é o mais grave na história da aviação civil de Moçambique desde a misteriosa queda do avião do presidente Samora Machel em 1986 na África do Sul, quando morreram 34 pessoas. Em 2011, a União Europeia proibiu a LAM de voar no seu espaço aéreo por razões de segurança.

As Linhas Aéreas de Moçambique vão deixar de usar o número de voo TM470/471 da rota Maputo-Luanda, “em respeito às 33 vítimas” do despenhamento, de um Embraer 190. A aeronave caiu numa floresta do norte da Namíbia, matando as 33 pessoas que seguiam a bordo, incluindo sete portugueses.

Em comunicado enviado à Lusa, a LAM indica que a carreira Maputo-Luanda deixará de ostentar o número de voo TM470/471, “em respeito pelos passageiros e tripulação que perderam a vida”.  “O número de voo para esta rota passa a ser TM500 (Maputo – Luanda) e TM501 (Luanda – Maputo)”, refere a nota.

Numa alusão às informações que têm sido divulgadas em vários órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros sobre o acidente, a transportadora de bandeira moçambicana pede contenção, enfatizando que está em curso um inquérito nacional e um outro internacional para a averiguação das razões do desastre.

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