Polícia do Brasil apreende bens de luxo do “Sheik dos Bitcoins”

Da Redação com Lusa

Nesta quinta-feira, a polícia brasileira apreendeu barras de ouro, relógios de luxo e grandes quantidades de dinheiro em rusgas que visavam um grupo suspeito de acumular 780 milhões de euros num esquema de criptomoedas.

Cerca de 100 agentes foram mobilizados em três estados brasileiros para procurar 20 endereços de membros do bando suspeitos de terem “enganado milhares de pessoas no Brasil” e pelo menos 10 outros países, incluindo os Estados Unidos, disse a Polícia Federal (PF) num comunicado.

Os nomes dos suspeitos não foram dados pela polícia, mas a imprensa brasileira disse que o líder da rede era Francisley Valdevino da Silva, apelidado de “Sheik dos Bitcoins”.

As buscas foram autorizadas por um tribunal em Curitiba (sul), como parte de uma investigação sobre suspeitas de branqueamento de dinheiro e fraude internacional, entre outras coisas.

De acordo com o site de notícias G1, vários futebolistas foram defraudados, assim como Sasha Meneghel, filha da estrela da televisão brasileira Xuxa, que alegadamente lhes confiou 1,2 milhões de reais (cerca de 240.000 euros).

O principal suspeito “formou uma organização criminosa com vários membros da família, para se apropriar dos montantes investidos, em reais ou em criptomoedas, pelas vítimas”, disse a Polícia Federal.

A investigação começou em março no Brasil, com base em informações transmitidas pelas autoridades norte-americanas através da Interpol, referindo-se a uma rede de “lavagem de milhões (de dólares) através de um esquema em pirâmide de investimentos”.

O esquema baseia-se no modelo da pirâmide Ponzi: os primeiros investidores, a quem foram prometidos lucros enormes, são pagos pelo dinheiro dos investidores seguintes.

As vítimas esperavam receber “pagamentos mensais de até 20% do capital investido”.

Só no Brasil, o montante acumulado em seis anos pelos alegados vigaristas “poderia atingir quase quatro mil milhões de reais (cerca de 780 milhões de euros)”, de acordo com a polícia.

Em vez de serem investidos no mercado de criptomoedas, as enormes somas “foram utilizadas para comprar bens imobiliários, joias, carros, barcos e roupas de luxo”.

Fotos divulgadas pela polícia mostram barras de ouro, relógios Rolex, garrafas de vinho e notas de banco em reais e dólares americanos a serem apreendidos.

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