No Rio, militares distribuíram flores no Dia Internacional da Mulher

Rio de Janeiro – Militares das Forças Armadas distribuem rosas na comunidade da Vila Kennedy, na zona oeste da cidade, no Dia Internacional da Mulher (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Da Redação

Como parte da operação de estabilização da comunidade da Vila Kennedy, na zona oeste do Rio de Janeiro, os militares distribuíram mil rosas às mulheres da região nesta quinta-feira, Dia internacional da Mulher.

Segundo o porta-voz do comando conjunto, coronel Carlos Cinelli, a ação aproveita a presença da intervenção federal para celebrar o Dia 08 de março “em um gesto que expressa o desejo de paz e estende a mão em acolhimento e proteção”.

“A vida precisa seguir e hoje é um dia de celebrar e agradecer. As mulheres chefiam mais de 50% dos lares brasileiros e nas comunidades esse papel é ainda mais relevante na educação e transmissão de valores aos filhos, de modo a prevenir sua cooptação pelas facções criminosas” disse na intervenção de ontem.

Ele explicou que as flores foram doadas por um empresário, que pediu anonimato, num gesto de apoio ao processo de Intervenção.

O coronel ressaltou que as mulheres fazem parte das Forças Armadas e atuam, principalmente, em áreas de apoio como médicas, veterinárias e bacharéis em direito, mas que também vão para o trabalho de campo. Na intervenção, elas estão lotadas, em sua maioria, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

Nesta sexta-feira, as Forças Armadas e a Polícia Civil fazem mais uma operação na Vila Kennedy, com ações rotineiras na favela, que fica às margens da Avenida Brasil, desde 23 de fevereiro.

Cerca de 1.400 militares estão sendo empregados na ação, que envolve cerco, estabilização dinâmica da área, reforço no patrulhamento ostensivo e retirada de barricadas. Se houver mandados de prisão a serem cumpridos, essa tarefa caberá à Polícia Civil.

Segundo a assessoria de imprensa do Comando Militar do Leste, algumas ruas e acessos nessas áreas poderão ser interditados e setores do espaço aéreo poderão ser controlados com restrições para aeronaves civis, mas sem interferência nas operações dos aeroportos.

O Ministério Público Federal (MPF) em São João de Meriti instaurou um inquérito civil público para acompanhar os desdobramentos que a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro terá na Baixada Fluminense. A portaria que instaurou o inquérito civil público é assinada pelo procurador da República Julio José Araujo Junior.

A ONU já divulgou que se diz preocupada com uso das Forças Armadas para combater o crime no Rio.

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