Manifestações de trabalhadores marcam dia por todo o Brasil

Manifestações bloqueiam rodovias pelo País, e diversos setores, como metalúrgico, portuário, petroleiro e bancário são afetados.

 

As centrais sindicais fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios para marcar o Dia Nacional de Lutas. A marcha pretende reunir mais de duas mil pessoas. Foto: Elza Fiuza/ABr
As centrais sindicais fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios para marcar o Dia Nacional de Lutas. A marcha pretende reunir mais de duas mil pessoas. Foto: Elza Fiuza/ABr

Da Redação
Com agencias

Esse dia 11 de julho começou com intensas manifestações pelo Brasil. Os protagonistas são os trabalhadores, que fazem marchas, protestos e fecham rodovias em todo o país.

As principais reivindicações são pelo fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, pela aceleração da reforma agrária e pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a saúde. Diversos sindicatos organizam atos.

Metalúrgicos e trabalhadores da construção civil, bem como operários de obras do Programa de Aceleração do Crescimento, devem aderir totalmente ao movimento. Outras categorias devem parar parcialmente, como bancários e funcionários da área de telefonia.

Em São Paulo, por exemplo, está previsto o fechamento da Marginal Tietê, das avenidas do Estado, da Jacu-Pêssego e da Radial Leste, e das rodovias Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes, Castello Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga. A partir do meio-dia, trabalhadores fazem um grande ato na Avenida Paulista. No centro do Rio de Janeiro, a concentração será na Candelária, a partir das 15h. Em Minas Gerais, trabalhadores da educação, saúde e os eletricitários devem paralisar as atividades.

Outras rodovias também devem ser fechadas por manifestantes. Entre elas estão a BR-101, no município de Itajaí (SC), a BR-364, em Jaru (RO), as BRs-324, 101, 242, em Feira de Santana (BA), e a BR-381, em Ipatinga (MG).

Em Brasília, as centrais sindicais fazem manifestação na Esplanada dos Ministérios para marcar o Dia Nacional de Lutas. O protesto tem dois pontos principais de reivindicações: as liberdades democráticas e, também, os direitos dos trabalhadores. Segundo o presidente da Força Sindical, Carlos Alves, a marcha pretende reunir mais de duas mil pessoas.

“A nossa mobilização é no sentido de pressionar, tanto o Legislativo quanto o Executivo, para que nossas pautas históricas, que estão há muito tempo nos dois Poderes, possam avançar”, explicou Carmem Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Zé Maria de Almeida, da  CSP-Conlutas, destacou a continuidade das manifestações, que começaram em junho. “O protesto vai ser muito forte. Vamos ter greves em centros grandes. Depois das mobilizações de rua que pararam o país, entram as entidades organizadas”.

De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), a intenção dos organizadores não é apenas serem recebidos pela presidente Dilma Rousseff. “Esperamos que a presidenta atenda às reivindicações. Ela precisa atender, ela já sentou para conversar com a gente três vezes e não resolveu nada. Se ela não atender, vamos continuar nos mobilizando”.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) acrescentou que defende que a reforma política passe por um plebiscito popular, projeto da Presidência brasileira que será analisado pelo Legislativo do país.

Entre as categorias que divulgaram a intenção de participar da greve estão os funcionários públicos federais, os trabalhadores do metro, os metalúrgicos do estado de Minas Gerais e da cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo, operários da construção civil do nordeste e do norte do país e trabalhadores do comércio do Rio Grande do Sul.

Professores universitários e da educação básica de diversos estados também afirmaram que irão participar, assim como trabalhadores dos Correios, do setor do petróleo e do setor dos transportes da região nordeste do país.

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