Estados Unidos e Europa lideram ranking global de maior consumo de calorias

Da redação com ONU

Em todas as regiões do mundo, existe uma tendência de um acréscimo na ingestão de calorias, por pessoa, desde o ano 2000. Os países da Ásia estiveram no topo da lista em 2021.

Mas o recorde ocorreu na Europa e na América do Norte com uma média de 3.540 calorias por dia, enquanto as nações africanas foram as que menos consumiram alimentos calóricos, no ano passado, com uma taxa de 2.600.

A surpresa foi a Oceania que contabilizou uma taxa próxima à dos Estados Unidos e da Europa com 3.150.

Os dados estão no Anuário de Estatísticas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO.

Segundo a agência, as temperaturas do ano passado estiveram acima de 1.4º C mais quente que as médias registradas entre 1951 e 1980.

A Europa também experimentou uma mudança para temperaturas mais altas, seguida da Ásia enquanto a Oceania tinha a mudança mais baixa até o momento.

As emissões dos gases que causam o efeito estufa em terras agrícolas caíram 4% entre 2000 e 2020. Cerca de 70% foram geradas em fazendas e outras propriedades agrícolas.

O Anuário de Estatísticas 2022 da FAO revela que enquanto rebanhos de gado emitem quase 50 vezes mais dióxido de carbono que aves, por exemplo, as plantações de arroz lançam cinco vezes mais carbono na atmosfera que trigo ou grãos duros.

Valor econômico e mercado de trabalho
O anuário se baseou em informação de mais de 20 mil indicadores abrangendo mais de 245 países e territórios. Segundo os analistas da FAO, cerca de 866 milhões de pessoas trabalham no setor da agricultura, hoje em dia.

Ao todo, elas somam mais de um quarto do mercado de trabalho global e valem US$ 3,6 trilhões. Se comparado à produção de 2000, o número representa um aumento de 78% do valor econômico, produzido por 16% a menos de trabalhadores. A África registra o dobro desse ritmo de crescimento.

A FAO lembra que desde 2000, a produção de plantações primárias como cana-de-açúcar, milho, trigo e arroz cresceu 52% de 2000 a 2020 alcançando 9,3 bilhões de toneladas.

Já a produção de óleo vegetal subiu 125% no mesmo período como o óleo de palma com um acréscimo de 236%. Já a produção de carne, liderada pelo frango, cresceu 45%. Frutas e legumes tiveram alta de 20% ou menos.

Entre os números mais intrigantes trazidos neste anuário da FAO estão 1,9 milhão de toneladas da safra de cana-de-açúcar, anualmente. A cifra é seguida pelo milho com 1,2 milhão de toneladas.

Os produtos alimentares de exportação cresceram para 1,42 trilhão, ou 3,7 vezes, desde a virada do século.

Em todo o mundo, os maiores exportadores de alimentos são Estados Unidos, Países Baixos e China.

Já os maiores exportadores líquidos, aqueles que exportam mais que importam, estão Brasil, Argentina e Espanha. Os maiores importadores líquidos são: China, Japão e Reino Unido.

No entanto, a área usada para agricultura caiu 3% desde 2000, e é seis vezes menor, per capita, do que na virada do século com a África novamente na liderança.

Especialistas da FAO afirmaram que o uso de pesticida chegou ao ápice em 2012 e começou a cair novamente em 2017. Os países que mais utilizam pesticidas, por hectare, são Santa Lúcia, Maldivas e Omã.

Cerca de 4,74 bilhões da superfície do planeta são terra agricultável incluindo prados e pastagens, assim como plantações.

Europa e agricultura

Ainda nesta sexta-feira, a Comissão Europeia anunciou que vai atribuir, em 2023, 185,9 milhões de euros para financiar atividades de promoção de produtos agroalimentares sustentáveis e de alta qualidade na União Europeia (UE) e no resto do mundo, avançou a agencia Lusa.

As candidaturas ao financiamento serão abertas em janeiro próximo e os projetos de promoção devem destacar e promover produtos que cumpram objetivos tais como a sustentabilidade da agricultura da UE, a promoção do bem-estar animal e a promoção do consumo de fruta e vegetais frescos, bem como de dietas saudáveis e sustentáveis.

Do total, uma verba de 89 milhões destina-se a programas simples de promoção no mercado único (41,1 milhões) e em parceiros comerciais fora da UE (42,9 milhões), 87 milhões de euros irão financiar programas múltiplos, respetivamente, 42,2 na UE e 40,2 em mercados externos e os restantes 9,5 milhões destinam-se a iniciativas da Comissão Europeia.

O executivo comunitário identificou os principais alvos externos das campanhas: Reino Unido, China (incluindo Macau e Hong Kong), Japão, Coreia do Sul, Singapura e América do Norte. A Austrália e Nova Zelândia podem também ser novas oportunidades para exportações agroalimentares da UE.

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