Designer de joias portuguesa leva luxo e irreverência a palácio no Rio

Por Igor Lopes

Designer lusitana Maria João Bahia. Foto Igor Lopes
Designer lusitana Maria João Bahia. Foto Igor Lopes

Um mundo de luxo deu um brilho novo ao Palácio São Clemente na Zona do Sul do Rio de Janeiro. O local foi o escolhido para receber, no dia 22 de maio, uma exposição de joias e arte decorativa da designer lusitana Maria João Bahia. As peças que cruzaram o atlântico eram compostas por materiais nobres e pedras preciosas e fazem parte da coleção “Entre a Terra e o Céu”. O evento foi parte integrante das atividades do Ano de Portugal no Brasil.

No salão imponente, as joias se misturavam ao ambiente sedutor da residência oficial do cônsul de Portugal no Rio. Distribuídas entre os visitantes, mais de cem peças mostraram o profissionalismo e bom gosto da joalheira, que é uma das mais respeitadas da Europa.

Através do apoio de duas modelos, foi possível conhecer peças de muito valor, como colares, brincos, anéis e broches. Na vertente da decoração, havia trabalhos em prata, com chifres de cudos ou veados, madeira e cristais. Tudo estrategicamente posicionado para atrair a atenção do público, composto por dezenas de pessoas, entre famosos e colecionadores.

Para a artista, a produção em grande escala está fora dos seus planos. “Faço joias de autor, onde o luxo está associado à exclusividade. Nunca tive como objetivo criar uma estrutura de joalheria industrial. As brasileiras têm muito bom gosto e são sofisticadas”, afirma Maria João, que conta com uma loja na Avenida Liberdade, em Lisboa.

Para a designer, o momento agora é propício para se abrir caminho para investir nos consumidores brasileiros.

“Gostaria muito de ter as minhas joias no mercado de luxo brasileiro. A primeira peça que vendi, no início de minha carreira, foi para uma brasileira, esposa de um diplomata do Brasil”, revela a portuguesa, que expôs pela primeira vez no país do samba.

Acostumada a presenciar encontros onde imperam a política e a economia nos corredores do palácio, Ana Rita, consulesa portuguesa no Rio, aprovou a presença das joias na sala de casa.

“Estou contente com esse tipo de evento aqui no palácio, pois acho que este local é belíssimo e gosto de ver aqui eventos de toda a espécie. E, também, ter aqui, pela primeira vez, uma exposição de joias, serve para criar um ambiente que favorece a todos, tanto ao consulado de Portugal quanto ao trabalho da Maria João, que é maravilhoso”, comenta Ana, que se diz fã da designer.

“Gosto especialmente desta exposição porque acho a Maria João uma joalheira portuguesa excepcional que consegue aliar perfeitamente a nossa tradição da ourivesaria e criar coisas novas com a junção de materiais que fazem uma joia completamente diferente. Existe aí um lado completamente contemporâneo. Mesmo que ela utilize técnicas ancestrais na ourivesaria, a joalheira consegue criar cosias maravilhosas. Por isso é que eu gosto tanto do trabalho dessa artista”, confessa a primeira-dama do consulado de Portugal na cidade maravilhosa.

Dentre os visitantes ilustres, estavam o cônsul-geral de Portugal no Rio, Nuno Bello, a cônsul de Portugal no Equador, Monica Loaiza, e a consulesa de Portugal na Alemanha, Maria Luz Amarciegas.

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