Câmara Portuguesa comemora esforço do Rio em “ajudar” PIB brasileiro

Por Igor Lopes

O "bondinho" do Pão de Açúcar, teleférico que une duas emblemáticas montanhas do Rio de Janeiro, completou cem anos desde a sua construção, que na altura contou com o trabalho de operários portugueses, Rio de Janeiro, 29 de outubro de 2012. Foto: LUSA
Rio de Janeiro, 29 de outubro de 2012. Foto: LUSA

Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dão conta de que o Estado do Rio de Janeiro somou um crescimento considerável da sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional entre 2010 e 2011.
A fatia do Estado no PIB, que era de 10,8% em 2010, chegou a 11,2% em 2011, com ganho de 0,4 ponto percentual. Os resultados são fruto das Contas Regionais divulgadas no dia 22 de Novembro. Números apurados referem que o montante do Rio supera os valores de São Paulo, que se destaca por ser a maior economia do País e que, no mesmo período, perdeu participação no PIB, caindo de 33,1% em 2010 para 32,6% em 2011, com recuo de 0,5 ponto percentual.
Um dos pontos que mais ajudou nesse resultado foi o setor industrial, principalmente na região Sudeste, entre 2010 e 2011, passando de 10,7% para 12,3%. Ainda no caso da indústria, o desempenho do Rio de Janeiro difere-se do movimento de recuo registrado em São Paulo, cuja fatia no total do PIB industrial do País caiu de 33,3%, em 2010, para 31,3%, em 2011. No Sudeste, no mesmo período, houve um pequeno crescimento na participação de Minas Gerais, de 11,4%, em 2010, para 11,5%, em 2011. Essa tendência ocorreu também no Espírito Santo, de 2,7% para 3,1%.
“O Estado do Rio está superando décadas de estagnação com a instalação de novos empreendimentos que estão diversificando a economia fluminense, que contribuíram positivamente para o aumento da participação no PIB”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviço do Rio, Julio Bueno.
O novo presidente da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, Ricardo Emmanuel Vieira Coelho, referiu que “o Rio tornou-se um polo de atração de investimentos nos últimos anos, com a entrada de recursos nacionais e estrangeiros, impulsionada pelo pré-sal, Copa e Olimpíadas”, o que acaba por construir um “cenário muito favorável, que beneficia diversos segmentos da economia, incluindo o setor industrial e a vocação natural para serviços”.
No tocante ao comércio luso-brasileiro, este responsável diz estar certo de que, de forma natural, o estado fluminense é ideal para investimentos entre os dois países.
“Temos instaladas no Rio grandes empresas de capital português, além de empresas de pequeno e médio porte luso-brasileiras, que veem na cidade uma oportunidade de ampliar seus negócios. Os investimentos em infraestrutura, especialmente de transportes, e a qualidade das condições de vida na cidade também geram um ambiente favorável ao desenvolvimento e à atração de novas empresas”, confessa.
“A melhoria do desempenho da economia do Rio, com o aumento da participação no PIB, está diretamente ligada aos investimentos que têm sido feitos pelo governo e pela iniciativa privada. Isso já representa um ganho real e a possibilidade de vinda de novas empresas, redução na taxa de desemprego, aumento do rendimento dos trabalhadores, entre outras consequências positivas, não só para o Rio de Janeiro, mas também para o País”, finaliza Ricardo Coelho.

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