Por Márcio RazukAgência Porto de Notícias
Rejane Tamoto
Mesmo que não queira ir tão fundo, há passeios de barco pela Baia Espanhola, nas águas de Caracasbaai, bairro onde se concentram as residências da classe alta da ilha. O passeio de quatro horas tem duas paradas para a prática de snorkel, que está disponível no barco. A segunda parada é a melhor para ver mais peixes, corais e até um barco naufragado de perto.
Se cansou do balanço do mar, é possível fazer trilhas nos passeios que contam a história das rochas vulcânicas de Curaçao. Se estiver com pique, visite as sete cavernas do parque Shete Bokas. A principal é a Boca Tabla, uma pequena caverna onde as ondas do mar quebram. No parque, além de trilhas há ainda um mirante para o mar.
Mas se a idéia é apenas contemplar, sem grandes esforços, dê um pulo no Seaquarium, que fica ao leste da ilha. Com uma volta pelos 70 aquários, é possível ver tubarões, flamingos, tartarugas, peixes e outras espécies. Mesmo que passe rápido por lá, não deixe de assistir por 15 minutos um espetáculo com golfinhos que tem como cenário de fundo, o mar. Eles ‘andam’ sobre a água, pulam, dão piruetas e até saem da água.
Beber e ComerComer em Curaçao é um capítulo à parte. A maioria dos restaurantes oferecem refeições generosas, nas quais há quase sempre um tempero bem específico, que vai do picante ao agridoce. É um molho que vem com ketchup, pimenta e outros ingredientes secretos. Em quase todos os pratos, o acompanhamento são a batata e a banana. Dos pratos principais, os pescados e frutos do mar imperam. No restaurante Scampis, em Punda, há uma opção de pescado com camarão ao molho branco, acompanhado de fritas e salada. Outro muito bom é o do restaurante do hotel Floris, que vem em estilo europeu, perfeito para quem quer fugir do tempero adocicado de Curaçao. De entrada, carpaccio de carne com vinho tinto e, como prato principal, pescado ao purê e batata assada com vinho branco. A sobremesa pode ser considerada a melhor da viagem: sorvete de menta com carpaccio de manga, torta de chocolate e cookie de laranja.
Para os fãs de comida japonesa, o Hotel Breezes tem um restaurante com opções de sushi de entrada e yakissoba.
Mas se a idéia é ir a um lugar sofisticado mesmo, com vista panorâmica para a cidade, escolha Fort Nassau, que oferece um linguado com batata frita (como se fosse um bolinho), feijão preto e vegetais no bafo. Outro restaurante também refinado é o El Governeur e fica em Otrabanda, perto da ponte Emma. No menu, um prato saboroso e forte, o Keshi Yená, um queijo gouda que cobre uma mistura de frango desfiado e ameixas. Para se encher de carne, há também uma opção no restaurante Fusion, que fica no centro comercial de Promenade, que reúne carne bovina, costela de porco e filé de frango com purê de batata. Se não quiser o molho com ketchup, tem de avisar.
Se o calor e nem o estômago permitirem tais aventuras, há um prato típico mais semelhante ao paladar brasileiro, o Kabritu Stobá, do restaurante Komedor Krioyo. É um cabrito cozido e servido com polenta, salada, banana e um tipo de tutu de feijão adocicado. Enquanto aprecia a comida, o visitante também pode observar um outro lado da ilha, com cenário desértico, cheio de iguanas e cactos.
Com um clima tão quente, as sobremesas mais pedidas são os sorvetes e, para beber, é possível escolher entre os refrigerantes locais ou a cerveja mais consumida em Curaçao, a Amstel. A cerveja holandesa é feita com água dessalinizada, que é a mesma consumida por todos na ilha. Isso mesmo, não há água potável em Curaçao. A água que vem do mar passa por caldeiras que eliminam o sal e a deixam sem odor e gosto, como se fosse potável. Não deixe também de experimentar os drinques típicos da ilha, muitos levam o licor oficial. Um é o Ponche Crema, um drink que mistura ovos, leite e licor.
Depois de tantas delícias, a dica é gastar tantas calorias ao ritmo de salsa e merengue na animada casa noturna Asia de Cuba, em Saliñas, ou tentar a sorte nos cassinos, que existem aos montes por lá e é a vida na madrugada para muitos. Quase todos os hotéis tem o seu próprio.