Praias, Mergulho e Passeios

Por Márcio RazukAgência Porto de Notícias

Rejane Tamoto

As praias de Curaçao são, talvez, os lugares mais inesquecíveis da ilha, daquelas cenas que você traz mentalmente quando volta à São Paulo, ao mundo real. A areia branquinha, as águas mornas e cheias de peixinhos vistos facilmente, são visões comuns aos curaçolenhos. Perfeito para um lugar onde o clima, no verão, passa tranqüilo dos 30º C. A praia mais bonita é Kenepa Grande, que fica ao oeste da ilha, e é mais afastada do centro. É uma praia natural, própria para o banho, na qual é possível passar várias horas. Os hotéis têm estrutura para levar e buscar, mas a dica é alugar um carro para ir não só à Kenepa, mas também a outras igualmente belas e distantes, como Jan Thiel, San Nicolas e Daaiboi, por exemplo. Os taxistas na ilha costumam combinar o preço antes da corrida, mas não são vistos perto dessas praias.

Uma outra opção para quem quer mais conforto é ir às praias particulares, que são mantidas por restaurantes ou hotéis. Uma delas é Kontiki Beach, que cobra US$ 3 para o banhista passar o dia inteiro e usar a estrutura das cadeiras para banho de sol, banheiros e chuveiros, além de um restaurante. Mesmo as praias próximas ao Centro são belas, como a Korente, em Otrabanda, que é vizinha às praias particulares dos hotéis Marriot e Hilton. A água destas praias é a mesma, cristalina e quentinha, com a diferença que em Korente há só quiosques, falta um pouco de limpeza na areia e, se sentir sede, tem de ter a sorte de encontrar um carrinho que venda bebidas nela.

A natureza da ilha, do mar inclusive, pode render passeios muito diferentes, com aventura ou sem. Para quem quer ir mais fundo na fauna e flora marinha de Curaçao, há opções para mergulhar, mesmo dentro de hotéis como o Hilton e o Marriot, que oferecem cursos e passeios para a prática de mergulho. Há também uma escola, Ocean Encounters, dentro do Seaquarium que oferece o curso de quatro horas ou o de quatro dias, com direito ao certificado PADI Open Water Diver. Os preços variam de US$ 75 a US$ 350. O que não falta são opções para mergulhar: a ilha oferece mais de 60 pontos para a prática, com o diferencial de que não é preciso ir longe para ver as belezas marinhas, já que os recifes ficam a 50 metros da terra.

Mesmo que não queira ir tão fundo, há passeios de barco pela Baia Espanhola, nas águas de Caracasbaai, bairro onde se concentram as residências da classe alta da ilha. O passeio de quatro horas tem duas paradas para a prática de snorkel, que está disponível no barco. A segunda parada é a melhor para ver mais peixes, corais e até um barco naufragado de perto.

Se cansou do balanço do mar, é possível fazer trilhas nos passeios que contam a história das rochas vulcânicas de Curaçao. Se estiver com pique, visite as sete cavernas do parque Shete Bokas. A principal é a Boca Tabla, uma pequena caverna onde as ondas do mar quebram. No parque, além de trilhas há ainda um mirante para o mar.

Mas se a idéia é apenas contemplar, sem grandes esforços, dê um pulo no Seaquarium, que fica ao leste da ilha. Com uma volta pelos 70 aquários, é possível ver tubarões, flamingos, tartarugas, peixes e outras espécies. Mesmo que passe rápido por lá, não deixe de assistir por 15 minutos um espetáculo com golfinhos que tem como cenário de fundo, o mar. Eles ‘andam’ sobre a água, pulam, dão piruetas e até saem da água.

Beber e ComerComer em Curaçao é um capítulo à parte. A maioria dos restaurantes oferecem refeições generosas, nas quais há quase sempre um tempero bem específico, que vai do picante ao agridoce. É um molho que vem com ketchup, pimenta e outros ingredientes secretos. Em quase todos os pratos, o acompanhamento são a batata e a banana. Dos pratos principais, os pescados e frutos do mar imperam. No restaurante Scampis, em Punda, há uma opção de pescado com camarão ao molho branco, acompanhado de fritas e salada. Outro muito bom é o do restaurante do hotel Floris, que vem em estilo europeu, perfeito para quem quer fugir do tempero adocicado de Curaçao. De entrada, carpaccio de carne com vinho tinto e, como prato principal, pescado ao purê e batata assada com vinho branco. A sobremesa pode ser considerada a melhor da viagem: sorvete de menta com carpaccio de manga, torta de chocolate e cookie de laranja.

Para os fãs de comida japonesa, o Hotel Breezes tem um restaurante com opções de sushi de entrada e yakissoba.

Mas se a idéia é ir a um lugar sofisticado mesmo, com vista panorâmica para a cidade, escolha Fort Nassau, que oferece um linguado com batata frita (como se fosse um bolinho), feijão preto e vegetais no bafo. Outro restaurante também refinado é o El Governeur e fica em Otrabanda, perto da ponte Emma. No menu, um prato saboroso e forte, o Keshi Yená, um queijo gouda que cobre uma mistura de frango desfiado e ameixas. Para se encher de carne, há também uma opção no restaurante Fusion, que fica no centro comercial de Promenade, que reúne carne bovina, costela de porco e filé de frango com purê de batata. Se não quiser o molho com ketchup, tem de avisar.

Para conhecer um pouco mais da alimentação curaçolenha, é preciso ter um estômago forte. O prato típico da ilha é o Jambo, uma feijoada de quiabo, que leva frutos do mar e carne, tudo cozido junto. Outra iguaria da ilha, recomendada para os homens, é a sopa de iguana, cuja carne possui espinhos e é comida como se fosse peixe. Os curaçolenhos acreditam que a sopa é um poderoso viagra natural, apenas porque a iguana teria dois órgãos genitais masculinos enquanto os homens só tem um.

Se o calor e nem o estômago permitirem tais aventuras, há um prato típico mais semelhante ao paladar brasileiro, o Kabritu Stobá, do restaurante Komedor Krioyo. É um cabrito cozido e servido com polenta, salada, banana e um tipo de tutu de feijão adocicado. Enquanto aprecia a comida, o visitante também pode observar um outro lado da ilha, com cenário desértico, cheio de iguanas e cactos.

Com um clima tão quente, as sobremesas mais pedidas são os sorvetes e, para beber, é possível escolher entre os refrigerantes locais ou a cerveja mais consumida em Curaçao, a Amstel. A cerveja holandesa é feita com água dessalinizada, que é a mesma consumida por todos na ilha. Isso mesmo, não há água potável em Curaçao. A água que vem do mar passa por caldeiras que eliminam o sal e a deixam sem odor e gosto, como se fosse potável. Não deixe também de experimentar os drinques típicos da ilha, muitos levam o licor oficial. Um é o Ponche Crema, um drink que mistura ovos, leite e licor.

Depois de tantas delícias, a dica é gastar tantas calorias ao ritmo de salsa e merengue na animada casa noturna Asia de Cuba, em Saliñas, ou tentar a sorte nos cassinos, que existem aos montes por lá e é a vida na madrugada para muitos. Quase todos os hotéis tem o seu próprio.

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