Passageiros nos aeroportos lusos crescem mais de 28% para 31,3 milhões no 1º semestre

Da Redação com Lusa

O número de passageiros nos aeroportos portugueses aumentou 28,4% no primeiro semestre, em termos homólogos, para 31,3 milhões, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

“No primeiro semestre de 2023, o número de passageiros aumentou 28,4% face a igual período de 2022, enquanto o movimento de carga e correio registou um ligeiro decréscimo (-0,8%)”, informou o INE, que publicou as estatísticas rápidas do transporte aéreo.

Do total de 31.256.000 passageiros movimentados no primeiro semestre, o aeroporto de Lisboa movimentou 50,8% (15,9 milhões), tendo crescido 30,9% quando comparado com o mesmo período de 2022 (+8,7% face ao primeiro semestre de 2019), enquanto o aeroporto do Porto concentrou 22,6% do total de passageiros e aumentou 28,1% (+14,9% comparando com o 1.º semestre de 2019) e o aeroporto de Faro registou um crescimento de 20,6% (+5,2% face a igual período de 2019).

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais no primeiro semestre de 2023, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, com crescimentos de 23,7% no número de passageiros desembarcados e 24,9% no número de passageiros embarcados, face a igual período de 2022.

França ocupou a segunda posição, com acréscimos de 23,3% e 23,7%, pela mesma ordem, seguindo-se a Espanha, com aumentos muito expressivos face ao primeiro semestre de 2022 (+47,5%, quer como país de origem, quer como país de destino dos voos).

Numa análise ao mês de junho, os aeroportos nacionais movimentaram 6,4 milhões de passageiros e 17,9 mil toneladas de carga e correio, correspondendo a variações de +11,4% e -1,9%, respetivamente, face a junho de 2022.

Desde o início de 2023, têm-se verificado máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais, com o mês de junho a registar o desembarque médio diário de 107 mil passageiros nos aeroportos nacionais, um valor superior ao registado em junho de 2022 (95,9 mil; +11,6%) e 9,1% acima do verificado em junho de 2019 (98,1 mil).

Hóspedes

As dormidas no turismo cresceram 18,8% no primeiro semestre, superando pela primeira vez os níveis de 2019, antes da pandemia, correspondendo a aumentos de 31,8% nos proveitos totais e 34% nos relativos a aposento.

De acordo com a autoridade estatística, que publicou os dados da atividade turística, “no primeiro semestre de 2023, as dormidas cresceram 18,8% (+7,7% nos residentes e +24,2% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 31,8% nos proveitos totais e 34,0% nos relativos a aposento (+38,3% e +41,7%, respetivamente, comparando com o mesmo período de 2019)”.

Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 11% (+11,6% nos residentes e +10,7% nos não residentes), tratando-se da primeira vez, desde o início da pandemia, que o número de dormidas (total e de não residentes) no primeiro semestre superou os níveis de 2019.

Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colônias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 14,5 milhões de hóspedes e 36,7 milhões de dormidas no primeiro semestre de 2023, correspondendo a crescimentos de 20,9% e 18,7%, respetivamente.

Em termos regionais, apenas no Algarve se registaram decréscimos, quer nas dormidas de residentes (-3,1%) quer nas de não residentes (-0,3%).

Numa análise ao mês de junho, o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes (+7,1%) e 7,4 milhões de dormidas (+3,7%), correspondendo a 622,1 milhões de euros de proveitos totais (+14,0%) e 480,6 milhões de euros de proveitos de aposento (+15,5%).

Comparando com junho de 2019, registraram-se aumentos de 33,5% nos proveitos totais e 35,5% nos relativos a aposento.

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 78,1 euros e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 123,1 euros (+11,6% e +11,7%, respetivamente).

Em relação a junho de 2019, registaram-se aumentos de 25,8% e 26,1%, pela mesma ordem.

Na Área Metropolitana de Lisboa e no Norte, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu novos máximos históricos (152,6 euros e 113,0 euros, respectivamente).

Em junho, entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas, Albufeira continuou aquém dos níveis registados em 2019 (-10,2% no total; -26,6% nos residentes e -5,2% nos não residentes).

Já Vila Nova de Gaia e o Porto destacaram-se, com crescimentos de 30,6% e 25,1%, respectivamente, face a 2019.

 

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