Apaixonados pelas viagens à boleia organizam primeira festa em Portugal

Da Redação
Com Lusa

Centenas de pessoas que gostam de viajar se reuniram, dia 02 de agosto em Marco de Canaveses, na ‘Festa da Boleia’, o primeiro evento do gênero em Portugal, segundo a organização.

A atividade atrai pessoas de vários continentes e decorre até domingo, num acampamento montado no parque de merendas de Montedeiras, em Marco de Canaveses, a cerca de 60 quilômetros do Porto.

João Sacramento, um dos organizadores, explicou à Lusa que a ideia partiu de uma pessoa de Marco de Canaveses que desafiou outros quatro apaixonados por viagens a organizar um evento com aquelas características.

“Começamos todos a ter reuniões por Skype e na altura éramos só quatro. Estivemos durante meses a fazer reuniões por Skype e só há três semanas é que nos conhecemos quando chegamos aqui todos”, contou.

A organização explica que a ‘HitchFest’, designação em inglês do evento, “tem como mote a viagem à boleia, para o desenvolvimento pessoal”.

João Sacramento avançou à Lusa que haverá várias atividades, como concertos, meditação, dinâmicas de grupo e “muitas apresentações de pessoas que viajaram e como isso afetou as suas vidas”.

A montagem das estruturas físicas no acampamento, a maioria em madeira, começou há cerca de três semanas, um trabalho realizado integralmente por cerca de duas dezenas de voluntários, de vários pontos do país.

O acampamento conta com chuveiros, casas de banho secas, quatro palcos para espetáculos e outra atividades e cozinha comunitária, entre outras funcionalidades.

À Lusa, o organizador falou da atmosfera de um festival com quatro dias “para celebrar a vida e a viagem”, em especial o caráter de voluntariado:

“As coisas podem ser naturais e fáceis e ser boas na mesma. E podem-se fazer com calma, tranquilidade, paz e amor e saírem bem na mesma. É isso que tentamos transmitir de uma forma muito simples, até para os nossos voluntários”.

Destacou depois que “uma das coisas obrigatórias é que ninguém esteja com uma função por obrigação”.

“Se as pessoas não gostam do que estão a fazer, troca-se. O que interessa é que o pessoal esteja cá porque quer e porque gosta”, anotou, prosseguindo: “Toda a gente é voluntária aqui, da organização, aos grupos, aos terapeutas, às performances. Aqui não há cachês, nem há bilhete de entrada, que é por donativo livre e consciente. Na alimentação, o valor mínimo é de três euros e o resto é por donativo”.

O evento português integra este ano, conjuntamente com as etapas da Alemanha e da Polônia, a 10.ª edição do roteiro de festas internacionais de ‘Hitchgathering’, o que atrairá um maior número de participantes estrangeiros, a maioria de países europeus, mas também dos continentes africano, americano e asiático.

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