68 passageiros de avião proveniente da China testou à covid-19 em Portugal

Da Redação com Lusa

Neste dia 14, Portugal testou à covid-19 68 passageiros que viajaram num avião proveniente da China, informou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

“Hoje aterrou um segundo avião proveniente da China e todos os passageiros maiores de 12 anos tinham um teste [à covid-19] com menos de 48 horas”, disse aos jornalistas, após uma homenagem ao médico João Pedro Miller Guerra, em Vila Flor, no distrito de Bragança.

Manuel Pizarro adiantou que, “dos 182 passageiros, 111 estavam em trânsito” e que se procedeu à “testagem aleatória a 68 passageiros”.

Esses testes estão a ser analisados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, referiu, assegurando que “os portugueses podem estar tranquilos” e fazendo um “apelo à vacinação” (nova fase), que entretanto abriu para pessoas entre os 18 e os 49 anos.

A China registrou perto de 60 mil mortes relacionadas com a covid-19 desde o levantamento das rígidas restrições para combater a doença, há um mês.

Portugal está a realizar testes aleatórios à covid-19 a viajantes provenientes do país desde o dia 07 e a exigir um teste realizado até 48 horas antes do embarque desde o dia 08.

Portugal juntou-se a Áustria, Alemanha, Suécia e Bélgica, que já tinham anunciado a realização de testes aos viajantes oriundos da China.

A medida surge depois de a União Europeia ter recomendado “fortemente” que os Estados-membros exijam a todos os viajantes do país um teste negativo para a covid-19 realizado a menos de 48 horas da partida.

Ómicron

A sublinhagem XBB.1.5 da variante Ómicron poderá ser a dominante na Europa nos próximos dois meses, provocando um “aumento substancial” de casos de covid-19, estimou no dia 13 o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).

“Existe uma probabilidade moderada de a XBB.1.5 se tornar dominante na UE/EEE [União Europeia e Espaço Económico Europeu] e provocar um aumento substancial do número de casos de covid-19 nos próximos dois meses”, adiantou o ECDC na avaliação de risco sobre a sublinhagem considerada mais transmissível do que as anteriores.

De acordo com a atualização, os dados já existentes indicam, porém, que “não há sinais” de que a infecção pela XBB.1.5 – uma recombinante de duas linhagens da BA.2 – seja mais grave do que a provocada pelas outras linhagens da variante Ómicron já em circulação.

O último relatório do Instituto Ricardo Jorge (INSA), divulgado na terça-feira, indica que foram identificados em Portugal 36 sequências da linhagem recombinante XBB em Portugal, entre as quais uma da XBB.1.5, que “tem suscitado elevado interesse devido à sua capacidade de evasão ao sistema imunitário e ao seu recente aumento de frequência em vários países”.

O ECDC avançou ainda que, nas últimas duas semanas de 2022, a prevalência da XBB.1.5 na UE/EEE foi inferior a 2,5%, mas nos Estados Unidos está atualmente com um nível de propagação 12% mais rápido do que as anteriores.

Perante estes dados, o centro europeu com sede em Estocolmo avaliou como baixo o impacto da infeção por XBB.1.5 na população em geral, passando a moderado para as pessoas recentemente vacinadas.

Já para as pessoas vulneráveis à covid-19, como os idosos, não vacinadas ou com a vacinação incompleta, de acordo com o calendário recomendado para a sua faixa etária, a avaliação do ECDC define o nível de risco como elevado.

 As pessoas entre os 18 e os 49 anos vão poder receber, a partir dos próximos dias, o segundo reforço da vacina contra a covid-19, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Esta atualização é efetuada num momento em que a maioria da população elegível, no âmbito da campanha de vacinação sazonal 2022-2023, está vacinada”, referiu ainda a DGS, ao adiantar que, desde setembro, já foram administradas mais de três milhões de doses, maioritariamente aos grupos elegíveis prioritários, acima dos 50 anos de idade, o que contribuiu para “mitigar o impacto da doença grave nos grupos de maior risco”.

“Estes resultados confirmam, mais uma vez, a elevada adesão dos cidadãos à vacinação como forma de proteção, bem como o papel decisivo das vacinas na resposta à covid-19”, salientou a DGS, ao reiterar a “importância da vacinação sazonal como a medida mais eficaz de prevenção da doença ao longo dos meses de inverno”.

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