Orçamento: Oposição acusa Governo de truques, ilusões e propaganda

Mundo Lusíada com Lusa

O líder parlamentar do PSD acusou hoje o Governo português de promover na proposta de Orçamento do Estado para 2023 um conjunto de truques, ilusões e propaganda, e desafiou o executivo a esclarecer o processo da Efacec.

“Acabamos de ter a notícia de que a venda da Efacec falhou. Se se confirmar, ou o Governo não teve a coragem de o assumir aqui neste parlamento ou não sabe o que anda a fazer e foi tão surpreendido como nós”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, na intervenção de encerramento do PSD no debate orçamental, antes do diploma ser aprovado.

Na sua intervenção, o líder parlamentar do PSD acusou o Governo de “total incapacidade de resolver os problemas dos portugueses” nos primeiros seis meses da governação, e previu que o Orçamento do Estado para 2023 voltará a ser de “muitas promessas e pouca execução e cumprimento”.

“Fosse o PS, nestes últimos 30 anos, tão bom a governar como é nos truques, na propaganda e na ilusão, e Portugal seria o país mais rico da Europa”, criticou.

Miranda Sarmento acusou, por outro lado, o PS e o Governo de terem desperdiçado a conjuntura econômica “extremamente favorável entre 2016 e 2019”, mas também a atual conjuntura política, de maioria absoluta.

“Se antes não havia reformas porque o PS prefere o poder, mesmo que aliado à esquerda radical, agora não há reformas porque o PS não quer”, acusou.

Para Miranda Sarmento, “apesar de ter todas as condições de governação, da maioria absoluta à bazuca, passando por um PSD que na oposição é mais responsável que o PS no poder, este governo demonstrou já, em apenas seis meses, total incapacidade de resolver os problemas dos portugueses”.

O líder parlamentar do PSD defendeu que Portugal precisa de “um rumo diferente dos últimos 30 anos de governação socialista” e recordou as oito prioridades que os sociais-democratas já defenderam em termos orçamentais, como a redução da taxa máxima de IRS de 15% para os jovens, a redução deste imposto até ao sexto escalão e a diminuição também do IRC para as empresas.

“Este é um Orçamento sem estratégia nem visão para o país. Limita-se a usar a voracidade na cobrança de impostos para ir pondo remendos onde aparecem dificuldades e crises”, criticou.

Na lista de promessas não cumpridas de orçamentos anteriores, Miranda Sarmento deu como exemplos o investimento público, os apoios a famílias e empresas na pandemia ou os projetos na ferrovia.

O líder da bancada do PSD voltou a acusar o Governo de recorrer a “uma ilusão monetária, um truque que leva os pensionistas a perder quase uma pensão em termos do poder de compra real”, que estende também aos funcionários públicos.

Falta de ambição quanto ao crescimento econômico, voracidade fiscal, degradação dos serviços públicos foram outras críticas repetidas por Miranda Sarmento no encerramento do debate orçamental.

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