Migrações: Presidente do Parlamento destaca “marca valiosa” da cultura e sociedade portuguesas

Da Redação com Lusa

O presidente da Assembleia da República considerou que as migrações “dizem muito” a um país de emigrantes e de imigrantes como Portugal, numa mensagem em que assinalou o Dia Internacional dos Migrantes.

“Somos um país de emigrantes e de imigrantes e essa é uma marca valiosa da nossa cultura e da nossa sociedade”, referiu Augusto Santos Silva, numa publicação na sua conta oficial na rede social Twitter.

No vídeo que acompanha a mensagem, o presidente do parlamento afirmou que Portugal precisa de “fazer muito mais”, quer no apoio aos emigrantes portugueses no estrangeiro, quer no acolhimento dos imigrantes que vivem em Portugal.

“Mas temos feito muito e destacamo-nos internacionalmente pelo muito que fazemos e é isso que nós hoje, Dia Internacional dos Migrantes, devemos sublinhar”, defendeu.

O presidente do parlamento recordou que Portugal é “um país de emigrantes há muitos séculos”, dizendo que o número dos que nasceram em Portugal e vivem noutro país há mais de um ano ronda os 2,5 milhões, usando o critério das Nações Unidas.

“Se usarmos o critério da nacionalidade, temos 2,2 milhões de cidadãos portugueses com cartão de cidadão português que vivem no estrangeiro. Mas se a estes acrescentarmos os seus descendentes e falarmos nas comunidades portuguesas residentes no estrangeiro, pois o número sobe para bem perto de seis milhões”, referiu.

“Somos muitos os portugueses e descendentes de portugueses que vivemos em praticamente todos os países do mundo e esses fazem parte de Portugal, todos eles”, realçou.

Por outro lado, a segunda figura do Estado salientou que Portugal é “cada vez mais um país de imigrantes”.”

“Quase 700 mil pessoas estrangeiras vivem hoje em Portugal e nós caracterizamo-nos por acolher essas pessoas muito bem, somos considerados internacionalmente um dos países mais receptivos às migrações, um dos países que melhor acolhe e melhor integra os estrangeiros”, referiu.

Migrantes no mundo

Também o Presidente português sublinhou neste dia 18 que uma em cada 30 pessoas no mundo é migrante e que Portugal “é um país de emigração e de imigração”, numa mensagem em que assinala o Dia Internacional das Migrações.

“As migrações fazem parte do nosso passado, vivemo-las no momento presente e irão continuar a marcar o nosso futuro”, refere Marcelo Rebelo de Sousa, na mensagem divulgada pela Presidência da República.

O chefe de Estado realça que, em 2022, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) “enfatiza o aumento significativo do número de deslocados internos, consequência de desastres naturais, conflitos e violência, sublinhando que esta realidade surge em paralelo com a redução geral na mobilidade global, decorrente das restrições associadas à pandemia covid-19”.

“Uma em cada 30 pessoas no mundo é migrante. Aquela ou aquele que se distanciou do seu local de residência, dentro do seu próprio país ou atravessando fronteiras. Aquela ou aquele que está longe temporária ou permanentemente. Aquela ou aquele que migrou pelas mais variadas razões”, refere.

Ou seja, realçou o Presidente da República, num “tempo de conflitos, de alterações climáticas e de insegurança alimentar, a que acresce uma complexa recuperação económica global”, as migrações acentuaram-se.

“É uma realidade que não podemos, nem queremos esquecer. Portugal é um país de emigração e de imigração”, acentuou.

Na mensagem, lembra-se que a OIM está em Portugal desde 1976 e que Portugal apoia a recandidatura de António Vitorino ao cargo de diretor-geral desta organização, “uma missão que traduz a prioridade a uma abordagem humanista à realidade de milhões de pessoas em todo o mundo”.

Segundo o Relatório Mundial sobre Migração 2022, existem 281 milhões de migrantes internacionais, o que equivale a 3,6% da população mundial.

No relatório anterior, lançado em 2019, o número contabilizado era de 272 milhões de migrantes internacionais, ou seja, 3,5% da população global.

O aumento aconteceu apesar do “impacto dramático da pandemia [de covid-19] sobre a migração, que incluiu o fecho de fronteiras”, segundo o documento relativo ao ano em curso.

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