Eleições: Pedro Passos Coelho e António Costa se enfrentam em primeiro debate

Mundo Lusíada
Com agencias

logo_bandeira-PortugalComeçou o debate entre Pedro Passos Coelho e António Costa, na noite deste 09 de setembro, o único confronto entre os dois candidatos a primeiro-ministro, transmitido em sinal aberto pela RTP, TVi e Sic.

Um dos questionamento dos jornalistas, como criar empregos e evitar a emigração de jovens portugueses, foi defendida por Antonio Costa com emprego de qualidade e futuro, integrando os jovens das universidades com a modernização das empresas.

Pedro Passos Coelho defendeu o crescimento da economia e a pujança das exportações batendo recordes nos últimos anos. O desemprego diminuiu enquanto cresceu o número de empregos criados, cerca de 200 mil novos empregos no período dos últimos dois anos, segundo o primeiro-ministro.

Moderado pelos jornalistas João Adelino Faria, Clara de Sousa e Judite de Sousa, Pedro Passos Coelho foi o primeiro a falar para sustentar que os portugueses conseguiram ultrapassar um período muito difícil (2011/2014) na sequência da crise internacional e da aplicação do memorando da ‘troika’ em Portugal, abrindo-se agora, na sua perspetiva, “uma janela para futuro” com a consolidação da recuperação econômica.

O líder socialista, logo na sua primeira intervenção, deu uma resposta dura, acusando o primeiro-ministro de não ter cumprido aquilo a que se comprometeu em 2011 perante os eleitores ao aumentar impostos, cortar salários e impostos, e subir a dívida.

“Entra para a História como o primeiro chefe de Governo que entrega ao seu sucessor um país com menos riqueza do que recebeu. Nesta última legislatura, o Produto Interno Bruto caiu quatro por cento”, sustentou o secretário-geral do PS, com o presidente do PSD a contrapor, de imediato, que países sob assistência financeira como a Irlanda e Grécia tiveram piores desempenhos em termos de destruição da riqueza.

Questionado sobre um corte nas pensões, António Costa garante que não aceita qualquer corte de 600 milhões de euros nas pensões, e garante que a sustentabilidade do sistema de segurança social não depende disso. Costa acusou este Governo de, fruto do desemprego e da emigração, ter criado o buraco na Segurança Social, sendo a prioridade socialista a criação de emprego, segundo o debate transmitido pela RTP.

Recusando a ideia, Passos Coelho garante que não haverá o corte de 600 milhões nas pensões e diz que é preciso confiança para continuar a garantir o pagamento de pensões futuras. Passos recusou a ideia que quis a troika em Portugal: “É uma absoluta mistificação insistir que a vinda da troika cabe ao PSD”, insistindo que começou no governo anterior.

Passos garante “não precisamos de um choque ao consumo, temos as nossas contas externas equilibradas”. O primeiro-ministro acusa Costa de apresentar promessas novas todas as semanas.

António Costa criticou programa “Vem”, apresentado pelo executivo para incentivar o regresso a Portugal, e acusou Passos de não governar com seriedade. Costa ainda recusou a acusação de Passos de apresentar uma promessa nova todas as semanas, dizendo apenas que aborda conteúdos diferente do programa.

A algumas centenas de metros do Museu da Eletricidade, do outro lado da estrada, concentrava-se um protesto ruidoso dos lesados do BES, durante o debate.

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