Peças metálicas para estádio da Copa são construídas em Oliveira de Frades

Apesar da Martifer ter uma fábrica em São Paulo, a opção de fabrico recaiu em Oliveira de Frades porque o preço de levar as peças metálicas de barco é idêntico ao de as levar de caminhão até Manaus.

 

Da Redação
Com Lusa

Martifer_CopaCerca de 250 funcionários da Martifer trabalham nas peças metálicas que serão utilizadas na construção da Arena da Amazônia, em Manaus, um dos doze estádios onde se realizarão jogos da Copa do Brasil 2014.

Uma comitiva brasileira que integrou responsáveis do Governo do estado do Amazonas e da construtora responsável pela obra visitou as instalações da Martifer Mettalic Constructions, em 11 de abril em Oliveira de Frades, onde estão sendo fabricadas as últimas peças, que seguem num barco em Aveiro com destino à cidade de Manaus (capital do Estado do Amazonas), no dia 15.

Jerocílio Simões, da secretaria de infraestruturas do estado do Amazonas, explicou aos jornalistas que “a estrutura metálica compõe a fachada e a cobertura”, estando a Martifer a produzir 6.800 toneladas de peças.

A obra está orçada em 550 milhões de reais, custando a parte fabricada em Portugal 105 milhões de reais.

No final da visita, Jerocílio Simões mostrou-se “bastante satisfeito” com a fabricação das peças. “A parte da estrutura metálica na verdade não é uma obra, é uma joia. A Martifer está a lapidar a parte mais importante e que vai trazer a beleza à Arena da Amazônia”, sublinhou.

Segundo o engenheiro civil, o estádio deverá estar concluído em dezembro deste ano. Para os jogos da Copa do Mundo terá uma capacidade de 40 mil lugares e, posteriormente, ficará com 44 mil lugares.

O presidente do Conselho de Administração da Martifer, Carlos Martins, mostrou-se orgulhoso por estar envolvido na construção de três dos 12 estádios da Copa do Brasil.

Além da Arena da Amazônia, a Martifer participou também na construção do estádio do Castelão e da Arena Fonte Nova. No entanto, Carlos Martins considerou que a Arena da Amazônia é o estádio “mais bonito e mais difícil de construir”.

Contou que, só na definição do projeto, foram envolvidos mais de 50 engenheiros. Neste momento, cerca de 250 pessoas trabalham em Oliveira de Frades nas peças metálicas e, posteriormente, outras tantas vão montá-las em Manaus, a partir de maio.

Apesar da Martifer ter uma fábrica no Brasil, em São Paulo, a opção de fabrico recaiu em Oliveira de Frades porque o preço de levar as peças metálicas de barco é idêntico ao de as levar de caminhão de São Paulo até Manaus. Por outro lado, trata-se de uma obra “tecnicamente tão complicada” que a fábrica do Brasil não reunia as condições necessárias para a fazer toda lá, justificou.

“Hoje a Martifer é reconhecidamente uma empresa global. Temos a capacidade de nos mobilizarmos para qualquer parte do mundo e fazer a obra mais difícil no local mais difícil”, garantiu.

Neste momento, a Martifer está a fabricar, em simultâneo, peças para o estádio de Manaus, para um estádio na Arábia Saudita, para um hangar da Airbus (França) e para “o maior vão metálico de uma ponte no mundo para o TGV em Espanha”.

A Martifer Mettalic Constructions está atualmente presente em 16 países. Já participou na construção de vários estádios para o Euro 2004 e de um para o Euro 2012.

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