Da Redação
O Conselho de Ministros aprovou uma resolução que autoriza a despesa, por parte da Agência Portuguesa do Ambiente, para a empreitada de alimentação artificial do troço costeiro Costa Nova-Vagueira, no distrito de Aveiro, com areia.
A empreitada, que vai custar 11,9 milhões de euros, resulta de um protocolo que foi assinado em 2016 entre a agência tutelada pelo Ministério do Ambiente e a Administração do Porto de Aveiro (APA), que visava a alimentação artificial, com inertes provenientes de depósito e de dragados do Porto de Aveiro.
A obra, que será paga em partes quase iguais pelas duas entidades, vai ser comparticipada por fundos comunitários, através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização.
Em declarações à Lusa, o presidente da Administração do Porto de Aveiro, Braga da Cruz, explicou que a empreitada, que será lançada até abril, prevê a colocação de cerca de dois milhões de metros cúbicos de areia no litoral, em frente à praia da Costa Nova.
Segundo o mesmo responsável, este depósito de areia “vai alimentar a corrente litoral, que desta forma não irá buscar a areia que está nas praias”, minimizando o déficit sedimentar que se tem acentuado na zona a sul do molhe norte.
“A velocidade de recuo da costa não vai ser neutralizada, mas será fortemente atenuada durante um período entre três e cinco anos. Isto tem algum caráter experimental que vai ser desenvolvido, mas estamos convencidos que vai funcionar”, vincou Braga da Cruz.
O presidente da APA referiu ainda que os inertes usados nesta intervenção serão disponibilizados pela administração portuária, adiantando que o transporte da areia do Porto de Aveiro para o local do depósito vai ser feito com dragas.
“Nós tínhamos disponibilidade de alguma areia que tinha sobrado quando foram feitas as obras para constituição das docas e temos também uma ilhota no meio da doca para ser dragada”, disse Braga da Cruz.