Jovens pedem ao Governo de Macau melhorias no intercâmbio com países lusófonos

Da Redação
Com Lusa

A Federação da Juventude da China pediu ao Governo de Macau que inclua nas suas linhas de ação governativa o aperfeiçoamento do intercâmbio com os países de língua portuguesa.

Segundo um comunicado do executivo, os membros de Macau da federação pediram alterações ao “Programa de Intercâmbio de Inovação e Empreendedorismo para Jovens da China e dos Países de Língua Portuguesa”.

O pedido foi realizado num encontro com o chefe do Governo de Macau, Chui Sai On, no qual se procurou auscultar os jovens sobre as linhas de ação governativa para o próximo ano.

Na reunião, foi abordada a formação de quadros qualificados, assuntos sociais e a integração dos jovens no desenvolvimento da Grande Baía, um projeto que visa criar uma metrópole mundial a partir dos territórios de Hong Kong, Macau e nove localidades da província chinesa de Guangdong (Cantão, Shenzhen, Zhuhai, Foshan, Huizhou, Dongguan, Zhongshan, Jiagmen e Zhaoqing), com mais de 60 milhões de pessoas.

Outras das sugestões apresentadas pela federação juvenil dizem respeito à concessão de subsídios especiais para quem cuida de crianças com necessidades especiais, à criação de uma comissão de coordenação na área da ciência e tecnologia e ao reforço do “Plano de Apoio a Jovens Empreendedores”.

Durante a reunião, Chui Sai On sublinhou a importância do projeto da Grande Baía na criação de oportunidades para os jovens de Macau nos setores da inovação, empreendedorismo, emprego, estudos acadêmicos e investigação.

Diáspora

Uma associação vai juntar até domingo jovens da diáspora de Macau espalhada por seis países para “formar embaixadores” que passem a imagem de que o território “não é só casinos”.

“Eles vêm de 13 casas de seis países. Queremos que partilhem experiências, que expliquem como é que vivem lá fora e que sejam ‘embaixadores’ de Macau, passando a imagem que o território não é só casinos”, explicou o presidente da Associação de Jovens Macaenses, entidade que organiza pela segunda vez o IV Encontro da Comunidade Juvenil Macaense.

“Muitos não voltarão. Gostam de Macau, gostam da terra dos seus antepassados, mas como embaixadores que nós queremos que sejam podem mostrar que isto é mais do que casinos, que é um território do sul da China que tem 500 anos de história também ligada a Portugal”, afirmou Jorge Neto Valente à Lusa.

Os jovens chegam do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Reino Unido e Austrália para participarem num programa que inclui palestras, aulas de dança folclórica e do Dragão (milenar tradição de origem chinesa), de culinária e de patuá, uma língua crioula macaense de base portuguesa.

Outra das facetas da iniciativa passa por “envolver jovens locais” num evento que prevê ainda a participação no Fórum de Economia de Turismo Global de Macau, que começa esta terça-feira, visitas guiadas a locais emblemáticos do patrimônio do território e aulas de gastronomia.

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