Portugal aumentou população residente em mais de 46 mil pessoas

Mundo Lusíada com Lusa

Portugal aumentou a população residente em 46.249 pessoas no ano passado, totalizando 10.467.366 habitantes, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), atribuindo o acréscimo à imigração, que compensou o saldo natural negativo.

De acordo com as estimativas do INE, 2022 foi o quarto ano consecutivo em que se verificou um aumento da população em Portugal.

“O acréscimo populacional em 2022 resultou de um saldo migratório de 86.889 pessoas (72.040 em 2021), que compensou o saldo natural negativo, de –40.640 (-45.220 em 2021)”, anunciou o INE.

Em 2022, o número médio de filhos por mulher em idade fértil aumentou para 1,43 filhos (1,35 em 2021).

O envelhecimento demográfico em Portugal continuou a acentuar-se, com o índice de envelhecimento em 2022 a situar-se em 185,6 idosos por cada 100 jovens (181,3 em 2021).

A idade mediana da população residente em Portugal, que corresponde à idade que divide a população em dois grupos de igual dimensão, passou de 46,7 anos em 2021 para 47,0 anos em 2022.

Na divisão por sexos estabelecida pelo INE, a população em dezembro de 2022 era constituída por 5.001.811 homens e por 5.465.555 mulheres.

“A população residente tem vindo a aumentar desde 2019, contrariamente à tendência de decréscimo populacional verificada entre 2010 e 2018”, acrescentou o INE.

O aumento da população, registrado desde 2019, resultou do saldo migratório positivo (número de imigrantes superior ao de emigrantes), que superou o saldo natural negativo (número de óbitos superior ao de nados vivos).

Na Madeira

A Madeira tinha, no final de 2022, uma população de 253.259 pessoas, o que representa mais 566 residentes que no ano anterior, mantendo uma tendência crescente pelo quarto ano consecutivo, informou hoje a Direção Regional de Estatística (DREM).

Na análise divulgada, a DREM indica que, em 31 de dezembro de 2022, a população estimada era composta por 119.062 homens (mais 507 que em 2021) e 134.197 mulheres (mais 59 em comparação com o ano anterior).

O saldo migratório (diferença entre os que entraram para residir na região e os que saíram, deixando de ser residentes no arquipélago) foi de mais 1.911 pessoas, é revelado pela direção regional.

Segundo a DREM, este foi um fator “determinante para aumentar a população residente da região neste ano [2022], uma vez que se sobrepôs à evolução desfavorável do saldo natural (diferença entre os nados-vivos e os óbitos, que passou de -1.131 em 2021 para -1.345 em 2022)”.

Os maiores acréscimos populacionais aconteceram nos municípios do Porto Santo (26,0‰) e Santa Cruz (10,5‰).

No extremo oposto, com uma taxa de crescimento negativa, surgem os concelhos de Santana (-11,6‰), Machico (-5,6‰), São Vicente (-0,8‰) e Calheta (-0,5‰).

Quanto à densidade populacional, a DREM revela que, no ano passado, era de 316,1 habitantes por quilómetro quadrado, sendo o Funchal o que regista o maior valor (1.396,3), contrastando com Porto Moniz, que apresentava o valor mais baixo (30,1).

A avaliação da situação demográfica da Madeira conclui que continua a verificar-se uma redução da proporção de jovens (população com menos de 15 anos), que representa 12,5% da população total (12,8%, em 2021), enquanto os idosos mantêm a tendência de crescimento, sendo de 20,6%

O índice de envelhecimento, que relaciona o número de idosos por cada 100 jovens, voltou a aumentar, fixando-se em 165,0 pessoas idosas por cada 100 jovens (158,2 em 2021), sendo o indicador mais elevado o verificado nos concelhos do norte da ilha da Madeira, Porto Moniz (329,5) e Santana (291,8).

Os valores mais baixos foram observados em Santa Cruz (103,8) e Câmara de Lobos (107,3).

A DREM indica também que, em 2022, registaram-se 1.758 nados-vivos, filhos de mães residentes na região, o que significa mais 14 crianças do que em 2021 e corresponde a uma taxa bruta de natalidade de 6,9 nados-vivos por mil habitantes, valor idêntico ao do ano anterior.

Foram registrados 3.103 óbitos de residentes na Madeira, mais 228 (+7,9%) do que em 2021, sendo que a taxa bruta de mortalidade atingiu 12,3 por mil habitantes, valor superior ao observado em 2021 (11,4%).

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