Lisboa vai alojar mais de 42 mil pessoas em equipamentos municipais durante Jornada

Mundo Lusíada com Lusa

A Câmara Municipal de Lisboa vai alojar mais de 42 mil pessoas em escolas e equipamentos municipais durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorre de 01 a 06 de agosto na capital portuguesa.

“Estamos a falar de 42.000 pessoas que vão ficar alojadas nas escolas e nos equipamentos da Câmara Municipal [de Lisboa], portanto, isso é um bom sinal”, disse Carlos Moedas (PSD) à saída da sede mundial do Imamat Ismaili, em Lisboa, onde hoje participou numa cerimônia que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O autarca frisou que a autarquia está a colocar os seus equipamentos à disposição para acolher “todos aqueles que vêm de fora”, pedindo às famílias que façam o mesmo com as suas casas.

“Mais uma vez faço um apelo às famílias que nos estão a ouvir para também abrirem as suas casas”, pediu.

Já sobre o plano de mobilidade, Carlos Moedas assumiu estar a trabalhar com o Governo, prevendo que o mesmo seja apresentado na próxima sexta-feira.

“O plano mobilidade é do Governo e, portanto, estamos à espera e em contatos”, sublinhou.

O autarca referiu estar a contactar os comerciantes e restaurantes porque é “muito importante” que os estabelecimentos estejam abertos durante a JMJ.

“Temos falado com os comerciantes. Obviamente que alguns restaurantes, por exemplo, no Parque Eduardo VII, não podem estar abertos por razões óbvias, mas são poucos casos”, frisou.

Carlos Moedas lembrou que o retorno econômico é de “centenas de milhões de euros”, tendo um “impacto absolutamente único” na cidade.

Na segunda-feira, os comerciantes da cidade de Lisboa manifestaram-se “mais tranquilos” com o “esboço” do plano de mobilidade que lhes foi apresentado para a JMJ, uma vez que assegura a circulação dos trabalhadores do setor.

As garantias foram dadas numa reunião, organizada por elementos do Sistema de Segurança Interna e da Câmara Municipal de Lisboa, aos comerciantes e empresários.

Oeiras

O município de Oeiras vai alojar 30.000 jovens durante a JMJ, anunciou hoje a autarquia, que prevê um investimento global no evento de dois milhões de euros.

Em comunicado hoje divulgado, a Câmara Municipal de Oeiras, liderada pelo independente Isaltino Morais, refere que está “fortemente empenhada em proporcionar uma estadia segura e confortável a todos quantos visitem o concelho durante” o período da JMJ.

Entre 31 de julho e 06 de agosto, os jovens vão ficar alojados maioritariamente em escolas, coletividades e instalações desportivas, sendo que, de acordo com a autarquia, “aproximadamente 2.000 ficarão em famílias de acolhimento”.

Já nas instalações da Bataria da Lage, em Oeiras, vão ficar acampados cerca de mil escoteiros, voluntários do evento.

A autarquia prevê, no âmbito da JMJ, um investimento global de cerca de dois milhões de euros.

O Passeio Marítimo de Algés será também palco de grandes eventos associados ao município de Oeiras, nomeadamente o Encontro das Nações – França, em 01 de agosto (40 mil participantes), o Encontro das Nações – Itália, em 02 de agosto (50 mil participantes), o encontro entre o Papa Francisco e os voluntários, em 06 de agosto (30 mil participantes) e em 07 de agosto o Encontro Caminho Neocatecumenal (70 a 80 mil participantes).

De acordo com a nota da autarquia do distrito de Lisboa, além das ações de caráter religioso (eucaristia e testemunhos vocacionais), estes eventos englobam também concertos e espetáculos artísticos integrados no Festival da Juventude.

Viana

Já a diocese de Viana do Castelo vai receber cerca de 1.400 jovens estrangeiros no âmbito da Jornada, oriundos de 12 países, disse hoje o responsável pela organização.

Segundo Domingos Meira, a quase totalidade dos jovens ficará em famílias de acolhimento. “Apenas 57 jovens oriundos de duas dioceses do Reino Unido não ficarão em famílias e acolhimento, mas devido a “regras próprias deles”, referiu.

Os restantes serão acolhidos por cerca de 500 famílias, em todos os arciprestados da diocese.

“Tivemos alguns cuidados, em todos os casos haverá um responsável maior e cada família tem de acolher um mínimo de dois jovens”, disse ainda Domingos Meira.

Às famílias cabe assegurar o alojamento e o pequeno-almoço, além de poderem também acompanhar os jovens noutras atividades. Os jovens vão ficar em Viana do Castelo entre 26 e 31 de julho, seguindo depois para Lisboa, para a Jornada Mundial da Juventude.

São, maioritariamente, oriundos da França e da Polônia e foram eles que escolheram a diocese de Viana do Castelo.

“Uns porque fizeram os Caminhos de Santiago e gostaram do que viram, outros por influência dos emigrantes, mas todos eles é que nos escolheram e estamos muito gratos por isso”, disse o bispo de Viana do Castelo, João Lavrador.

Em alguns casos, e segundo Domingos Meira, têm-se registado dificuldades com a obtenção de vistos, nomeadamente para os jovens oriundos da Costa do Marfim e da Bolívia.

A diocese preparou todo um programa de acolhimento, que passa por visitas a monumento, noites de “bailarico e do churrasco”, arruadas com concertinas e eventos culturais.

Da comitiva estrangeira que vai estar em Viana do Castelo na semana anterior à JMJ fazem ainda parte quatro bispos auxiliares (três da França e um da Polônia) e cerca de 50 padres.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto deste ano, com as principais cerimônias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

 

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