Distritos de Portugal em aviso laranja, Lisboa apela à população que evite sair de casa

Da Redação com Lusa

A Câmara Municipal de Lisboa apelou hoje à população para evitar saídas de casa durante a noite, exceto “em situações de absoluta necessidade”, devido ao aviso laranja de precipitação entre as 00:00 e 09:00 de sexta-feira.

Em comunicado, a autarquia apela à população para “evitar” toda a zona ribeirinha da cidade, a zona baixa de Alcântara, a Praça de Espanha, a Avenida 24 de Julho, a Avenida Gago Coutinho e todos os túneis e infraestruturas subterrâneas de Lisboa.

Lembrando que o IPMA colocou de novo o distrito de Lisboa sob aviso laranja, entre as 00:00 e as 09:00 de sexta-feira, devido à previsão de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada e de rajadas fortes de vento”, a Câmara de Lisboa pede à população que evite sair de casa.

A autarquia salienta ainda que os agentes de Proteção Civil, os serviços operacionais municipais e as juntas de freguesia “estão de prevenção para a mais pronta resposta à cidade”.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou, nos distritos de Lisboa, Leiria, Setúbal, Santarém e Faro, os avisos de amarelo para laranja a partir das 00:00 de sexta-feira devido ao mau tempo.

Segundo o IPMA, os cinco distritos vão estar sob aviso laranja devido ao mau tempo a partir das 00:00 de sexta-feira, um aviso meteorológico que passará para amarelo a partir das 09:00 e até às 15:00 de sexta-feira.

De acordo com fonte do IPMA, até ao final do dia poderá haver um “alargamento” do aviso laranja a outros distritos.

Nos mesmos distritos, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) elevou o estado de alerta para laranja até às 23:59 de sexta-feira devido às chuvas fortes que se fazem sentir no continente.

De acordo com o ‘site’ da Proteção Civil, pelas 17:40, estavam ainda ativas 62 ocorrências relacionadas com meteorologia adversa, num total de 196 bombeiros e 79 meios.

Na quarta-feira à noite, a cidade de Lisboa esteve sob aviso vermelho devido à previsão de chuva forte e trovoada, tendo-se registrado várias inundações na cidade, tendo as situações mais graves sido registradas no Campo Grande, Campo Pequeno e Alcântara.

De acordo com o ‘site’ da Proteção Civil, pelas 17:40, estavam ainda ativas 62 ocorrências relacionadas com meteorologia adversa, num total de 196 bombeiros e 79 meios.

Em comunicado, a ANEPC salientou que, de acordo com o IPMA, são esperados aguaceiros fortes acompanhados de trovoada nas regiões do Centro e Sul, vento por vezes forte no litoral e terras altas, e agitação marítima com ondas de sudoeste de quatro a cinco metros a sul do Cabo Carvoeiro e na costa sul do Algarve.

Tal poderá levar à ocorrência de inundações em zonas urbanas (por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento), cheias (potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água), deslizamentos ou derrocadas (motivados pela infiltração da água), arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos e a formação de lençóis de água ou piso escorregadio.

A ANEPC recorda que o “impacto destes efeitos pode ser minimizado”, nomeadamente através da “adoção de comportamentos adequados” especialmente nas zonas “historicamente mais vulneráveis”, onde recomenda que seja garantida a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, a adequada fixação de estruturas soltas e um especial cuidado na circulação e permanência junto a áreas arborizadas.

Desalojados

Vinte e duas pessoas ficaram desalojadas no concelho de Loures devido aos efeitos do mau tempo, segundo a Câmara Municipal, dando conta da existência de 160 ocorrências no município.

“A forte chuva das últimas horas, verificada em toda a região de Lisboa, originou, no concelho de Loures, cerca de 160 ocorrências”, escreveu a autarquia pela manhã, indicando que a maior parte das situações se deveu a deslizamentos de terras, quedas de muros e de árvores, e inundações e cheias.

Na sequência destes episódios, 22 pessoas tiveram de sair de casa e seis foram temporariamente acolhidas numa “zona de concentração de apoio à população” criada no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures.

Já em Amadora, os residentes do Casal de São Vicente retirados de casa durante a madrugada devido aos efeitos do mau tempo, puderam regressar esta manhã às suas habitações, indicou a Proteção Civil Municipal.

Devido a um deslizamento de terras a cerca de 200 metros das habitações do bairro, as autoridades retiraram por precaução cerca de 100 pessoas a partir das 01:00 de hoje, mas o comandante da Proteção Civil da Amadora, Luís Carvalho, disse à Lusa que os moradores começaram a regressar, após uma avaliação realizada pelas equipas municipais esta manhã.

A retirada dos moradores do Casal de São Vicente, na freguesia de Mina de Água, levou a que duas pessoas passassem a noite no antigo mercado de Carenque, ponto municipal de resposta face à situação de mau tempo vivida na Grande Lisboa.

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