Antonio Costa cumprimentou e despediu-se de todos os líderes parlamentares

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, despediu-se nesta quarta-feira de todos os líderes parlamentares, do CDS ao Bloco de Esquerda, no final do último debate da legislatura sobre o estado da nação, no parlamento.

Um a um, António Costa foi cumprimentando e trocou algumas palavras com Nuno Magalhães (CDS), Fernando Negrão (PSD), Carlos César (PS), Heloísa Apolónia (PEV) e Pedro Filipe Soares (BE) e de Catarina Martins, coordenadora bloquista.

Como João Oliveira, líder parlamentar comunista, e Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, já tinham saído do plenário naquele momento, o chefe do Governo e líder do PS foi ao gabinete do grupo parlamentar para cumprimentá-los.

“Confiança é claramente a palavra desta legislatura”, afirmou, à saída do gabinete do grupo parlamentar comunista.

À saída do hemiciclo, questionado pelos jornalistas sobre o estado da nação que fica para os portugueses, Costa, sem nunca parar, respondeu apenas: “Felizmente um país melhor que temos que continuar a melhorar.”

O debate do estado da nação, com que o parlamento assinala o fim da sessão legislativa, e hoje a legislatura, prolongou-se por cerca de três horas e meia.

Críticas

A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu que aquilo que foi feito nesta legislatura é “o melhor guia para o muito que falta fazer”, avisando que não se pode “voltar à política das maiorias absolutas”.

Na intervenção que fez do púlpito do parlamento durante o debate do estado da nação, Catarina Martins fez uma revisitação aos principais momentos – e figuras políticas – que marcaram a legislatura que caminha agora para o final, na qual considerou que “a política do medo e da ameaça foi derrotada”.

“Está tanto por fazer. Não podemos voltar à política das maiorias absolutas que nos perderam. A responsabilidade política é procurar resposta aos problemas do nosso tempo e o Bloco de Esquerda assume essa responsabilidade”, afirmou.

A líder bloquista insistiu numa ideia que já tinha definido no primeiro pedido de esclarecimento que fez ao primeiro-ministro, António Costa.

“Voltássemos a 2015 e o Bloco faria tudo de novo. O que fizemos é o melhor guia para o muito que falta fazer”, atirou, mesmo na última frase da intervenção.

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, acusou o primeiro-ministro de falar de um “país virtual”, “para a fotografia”, “pintado de cor-de-rosa”, em que o Governo “fez tudo bem”, mas que é desmentido diariamente pela realidade.

“O que aqui ouvimos do senhor primeiro-ministro, hoje e sempre, foram consistentes tentativas de vergar a realidade à narrativa fantasiosa de que o seu Governo fez tudo o que estava ao seu alcance e que fez tudo bem”, criticou Negrão, na intervenção de fundo do PSD no debate.

No entanto, para o líder parlamentar social-democrata, “esta narrativa de encantar é desmentida pela realidade todos os dias”, reiterando a acusação de governar em “permanente modo de ‘reality show’”.

Negrão apontou falhas na governação nas áreas da saúde, segurança social, educação, justiça, segurança, proteção civil ou nos apoios ao interior – que diz ter sido esquecido “porque não dá votos que cheguem para vencer eleições”.

“Mas para o Governo está tudo bem”, ironizou.

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