Portuguesa é condenada mas mantida na Série B

Mundo Lusíada

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O presidente Ilídio Lico. Foto Mundo Lusíada

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou a Associação Portuguesa de Desportos nesta quarta feira, no Rio de Janeiro. Além do clube, foram julgados o treinador Argel Fucks, o presidente Ilídio Lico e seu filho Marcos Rogério Lico.

Eles foram denunciados por conta da paralisação da primeira partida do campeonato em Joinville quando, aos 16 minutos, por força de uma liminar, a partida foi paralisada, interrompida e a comissão técnica da Lusa retirou seu elenco de campo, deixando o estádio e retornando para São Paulo.

Com isso a Portuguesa foi considerada derrotada do compromisso (pelo placar de 3×0) e recebeu, além de uma multa no valor de R$ 50 mil, outras suspensões e penalidades financeiras individuais, a começar pelo técnico Argel Fucks (que ainda não venceu na competição) vai ficar de fora por quatro jogos, devendo retornar somente na nona rodada diante do Vasco da Gama.

Ao oposto dos argumentos do presidente Lico, Argel disse que sabia das “consequências negativas”. “Eu já sabia que tinha uma liminar e tinha recebido uma ordem prévia, de que o jogo deveria parar se a liminar chegasse. Mesmo não concordando, eu fiz. Era melhor não ter entrado em campo do que entrar e sair no meio”, revelou o treinador.

O presidente Ilídio Lico tentou validar a importância da liminar, porém com claro sentimento de descontentamento pelo abandono do campo: “Mandamos a equipe para Joinville. Se a liminar não caísse, jogaríamos. Tentaram derrubá-la, mas não conseguiram. Era uma liminar importante. Entendo de construção, não de parte jurídica. Mas sei que a liminar caiu no sábado. Aí pensei: ‘Poderia ter sido cassada antes’. Fiquei muito chateado e arrependido. Tiramos muitas pessoas do estádio”, disse sem muito convencimento.

O outro dirigente julgado pelo STJD foi Marcos Rogério Lico, filho do presidente e tido como o responsável pela entrega da liminar no campo. “Tenho a impressão de que o que motivou a decisão dele foi a liminar. Eu não o abordei falando que tiraria o time de campo. Disse apenas que o jogo deveria parar por causa do documento. Quem entrou em campo paralisando o jogo, na minha visão, foi o delegado”, argumentou Marcos Lico.

O resultado do julgamento que durou mais de quatro horas, no Rio de Janeiro, levado a cabo pela 5ª comissão disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou que os três pontos do jogo fossem dados para o Joinville (contabilizando vitória por 3 a 0), com multa de R$ 50 mil para a Lusa, suspensão de quatro jogos para o técnico Argel e suspensão de 240 dias para o presidente Ilídio Lico e seu filho, Marcos Rogério, sendo que os dois ainda foram multados em R$ 100 mil e R$ 80 mil, respectivamente. Todos os valores precisam ser pagos em até sete dias. Mas a decisão do Tribunal foi em primeira instância e cabe recurso. Coisa que dificilmente o clube fará.

Com o alívio da permanência da Lusa pelo menos na Série B, o time terá como próximo adversário o América-RN, dia 17 de maio, sábado, às 16h20 (de Brasília), no Estádio do Canindé.

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