Papa: Chefes de Estado de todo o mundo prestam último tributo a Francisco 

Vaticano, 26/04/2025 - Missa exequial do Papa Francisco no Átrio da Basílica de São Pedro, Praça de São Pedro. Foto Ricardo Stuckert/PR

Os presidentes dos EUA, França, Itália, Brasil, Argentina e Portugal, assim como os reis de Espanha, são alguns dos chefes de Estado presentes na praça de São Pedro a assistir ao funeral do Papa Francisco.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, prestaram homenagem ao Papa na Basílica de São Pedro, antes de se dirigirem para a praça como mesmo nome, onde decorrerá o funeral.

Trump e Melania fizeram uma pausa para rezar diante do caixão fechado do Papa.

Na Praça de São Pedro, o Presidente norte-americano cumprimentou alguns dos presentes, entre os quais o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, a quem dirigiu umas palavras.

O Presidente italiano, Sergio Mattarella, acompanhado da sua filha Laura, também fez uma pausa para rezar diante do caixão de Francisco.

O Presidente francês, Emmanuel Macron e a mulher, Brigitte Macron, curvaram-se perante o caixão, prestando homenagem ao pontífice argentino, tal como já tinham feito na sexta-feira à noite, à chegada a Roma.

Também o rei e a rainha de Espanha se deslocaram esta manhã à Basílica de São Pedro para homenagear Francisco, minutos antes de tomarem lugar na praça para assistir às exéquias.

Felipe VI e Letizia foram acompanhados pela delegação espanhola que se deslocou à Cidade do Vaticano para assistir à cerimónia, que inclui as vice-presidentes María Jesús Montero e Yolanda Díaz, o ministro da Presidência, Félix Bolaños, e o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo.

Vestidos de preto, o rei e a rainha permaneceram alguns instantes em frente ao caixão do Papa, após o que saíram da basílica para se sentarem junto ao altar na praça antes do início da cerimónia, que conta com a presença de cerca de 200.000 pessoas.

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao funeral acompanhado da mulher, Rosangela, tendo entrado na praça do Vaticano pouco depois do Presidente argentino, Javier Milei, e poucos minutos antes do início do funeral solene e com sinos ao fundo.

Também presentes na Praça de São Pedro para assistir ao funeral estão já a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, a presidente do Conselho Europeu, Ursula Von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o antigo Presidente dos EUA Joe Biden.

Num contexto de intensas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia, Donald Trump e Ursula von der Leyen trocaram um aperto de mão e breves palavras na Praça de São Pedro.

Um total de 140 delegações estrangeiras chegaram à praça, onde cerca de 200.000 pessoas – 40.000 na praça e as restantes nos arredores – estão presentes para o funeral.

A capela mortuária do Papa Francisco na Basílica de São Pedro fechou na tarde de sexta-feira, depois de três dias em que 250.000 fiéis se despediram do pontífice, após o que o caixão foi fechado.

Marcelo

O Presidente de Portugal defendeu hoje que o encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Ucrânia “é inspirador para a paz” e disse esperar que leve a “uma paz digna e justa”.

“Eu acho que é inspirador para a paz, e é um desperdício se não for aproveitado para isso”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa à Lusa e à RTP em Roma, depois de marcar presença no funeral do Papa Francisco.

O Presidente português afirmou que “o que se espera de uma paz falada na Basílica de São Pedro é que seja uma paz possível, uma paz rápida, mas uma paz digna e justa, que é isso que é fundamental”. 

“Uma paz digna, uma paz justa, uma paz que possa satisfazer o ponto de vista daqueles que são de um lado, mas também o outro ponto de vista, que é o ponto de vista de Zelensky. Uma paz que seja uma rendição não é uma paz digna e justa”, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República liderou a comitiva portuguesa que esteve presente nas cerimónias fúnebres do Papa Francisco, que decorreram esta manhã.

Marcelo Rebelo de Sousa ficou sentado na Praça de São Pedro atrás de Donald Trump e ao lado do Presidente polaco, Andrzej Duda. Antes do início da cerimónia, foi possível ver nas imagens transmitidas que o Presidente português trocou algumas palavras com o seu homólogo americano.

Aos jornalistas, revelou que falou também com outros chefes de Estado, entre os quais “múltiplos de língua portuguesa, [como os Presidentes] angolano, cabo-verdiano, timorense” sobre o “significado da cerimónia”.

“Há os muito católicos, por exemplo, os polacos, participavam fervorosamente e recordavam […]. Outros, menos praticantes, iam falando de questões mais políticas”, indicou.

Já Donald Trump, “com um vizinho, que era o Presidente da Estônia, falou bastante de questões políticas durante a comunhão, que foi muito longa”, disse também o chefe de Estado português, sem revelar a sua conversa com o Presidente americano.

Os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos encontraram-se hoje em Roma, uma reunião de 15 minutos que decorreu dentro da Basílica de São Pedro, antes do início do funeral do Papa Francisco.

No Vaticano estiveram também com o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Presidente português encontrou designadamente os Chefes de Estado de Angola, Bélgica, Brasil, Cabo Verde, Chile,  Costa do Marfim, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Filipinas, Finlândia, França, Lituânia, Moldova, Polônia, República Dominicana, Timor Leste, e ainda os Cardeais Dom Tolentino de Mendonça e Dom Américo Aguiar, bem como Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Vista da Praça São Pedro  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

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