MENSAGEM DE BOAS FESTAS PARA OS LEITORES DO “MUNDO LUSÍADA”
O ano que agora termina foi a vários títulos um ano inesquecível, no que toca às relações entre Portugal e o Brasil, marcado por diversas efemérides da maior importância.
Destaco em primeiro lugar as comemorações do bicentenário da independência do Brasil, às quais Portugal foi convidado a associar-se, aceitando com muito gosto, e que tiveram vários pontos altos, como a Bienal Internacional do Livro de São Paulo ou a vinda temporária do coração de Dom Pedro a este país, por ocasião do 7 de Setembro.
Em ambas as ocasiões, fomos honrados com a presença do Senhor Presidente da República.
Mereceram também destaque as comemorações do centenário do nascimento do até hoje único Prémio Nobel da Literatura de língua portuguesa, José Saramago, e do centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul pelos navegadores Gago Coutinho e Sacadura Cabral, que foram prestigiadas por atividades de celebração um pouco por todo o país. Recordo em particular, no Dia Mundial da Língua Portuguesa, a presença no Brasil do Presidente da Assembleia da República, da Presidente da Fundação Saramago e do Comissário do Centenário de Saramago.
Um ano de comemorações, carregado de simbolismo, que muito fez com que se falasse de Portugal aqui no Brasil.
A Comunidade brasileira em Portugal é já a maior Comunidade estrangeira em Portugal. Deste lado do Atlântico, continua a residir a segunda maior Comunidade portuguesa e luso-descendente no estrangeiro. A nova legislação sobre mobilidade entre os países que compõem a Comunidade de Países de Língua Portuguesa veio abrir novas possibilidades para brasileiros se instalarem em Portugal e portugueses se instalarem no Brasil. Perspetivas que terão certamente muitos desenvolvimentos em 2023.
Acima de tudo, as pessoas é que contam.
Por isso termino esta mensagem com palavras de agradecimento à nossa vastíssima Comunidade, também ao “Mundo Lusíada” que está sempre junto dos nossos compatriotas, e desejando a todos Boas Festas, com saúde e paz.
Por Luís Faro Ramos
Embaixador de Portugal no Brasil