Corpo diplomático recebeu coração de D.Pedro I em cerimônia no Palácio Itamaraty

Mundo Lusíada

Depois de passar pelo Palácio do Planalto, o Ministro das Relações Exteriores convidou o corpo diplomático estrangeiro para cerimônia no Palácio Itamaraty, com a presença do coração de D. Pedro I, nesta terça-feira.

No âmbito das comemorações do bicentenário da Independência brasileira, o evento inaugurou a exposição “Um coração ardoroso: vida e legado de D. Pedro I”, oferecida pelo Ministério das Relações Exteriores e a Fundação Biblioteca Nacional.

Os convidados presentes assistiram ainda a apresentação da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira (OSFAB).

Ainda, o Ministro das Relações Exteriores condecorou em nome do Presidente brasileiro, no Itamaraty, o Presidente da Câmara Municipal do Porto com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, grau Comendador, tendo também condecorado o Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara e o Comandante da Polícia Municipal do Porto com a mesma Ordem, grau oficial. Na ocasião, foi oferecido pelo Ministro um almoço em honra do Presidente da Câmara do Porto, em Brasília.

Para o Embaixador de Portugal no Brasil, Luis Filipe Melo e Faro Ramos, a associação de Portugal às comemorações do Bicentenário mostra, mais uma vez, a boa relação construída entre as duas nações. “Para nós é sempre motivo de grande satisfação verificar que da parte brasileira houve esse pedido e esse carinho pela relíquia que une Portugal e Brasil”, destacou.

O coração de D. Pedro I chegou ao Brasil dia 22, cedido temporariamente pela Câmara Municipal do Porto, em Portugal. A relíquia ficará em exposição ao público, no Palácio Itamaraty, até 5 de setembro.

A exposição terá início no dia 25 de agosto, com visitação de escolas da rede pública do Distrito Federal nos dias de semana e do público geral nos finais de semana.

No Itamaraty, o órgão de cerca de 9 quilos está no interior de uma cápsula de vidro, guardada em uma sala climatizada especialmente preparada para a ocasião e sob a vigilância da Polícia Federal (PF). No dia 7 de setembro, data da independência do Brasil, o coração estará em um evento, ao lado de outros chefes de Estado convidados.

Emprestado pelo Governo Português, o coração do primeiro Imperador do Brasil é conservado em formol e protegido a cinco chaves em uma urna. Por isso, a liberação para a viagem só ocorreu depois que uma equipe avaliou as condições do órgão e garantiu que não haveria riscos. O coração do Imperador foi embarcado em ambiente pressurizado, ou seja, controlado, conforme as orientações do Instituto de Medicina Legal (IML), feitas à Prefeitura de Porto. Toda a estrutura de exposição do material foi desmontada para o transporte, em um processo que inspirou muitos cuidados e um planejamento detalhado da logística.

O “Rei Soldado”, como ficou conhecido Dom Pedro I, desejou que seus ossos ficassem no Brasil, país onde foi imperador de 1822 a 1831, na cripta do Monumento à Independência, em São Paulo, mas ordenou que o seu coração permanecesse no Porto, cidade que o tem como herói devido às batalhas travadas com seu irmão Dom Miguel. A Irmandade de Nossa Senhora da Lapa foi escolhida por vontade de Dona Maria II, rainha de Portugal e filha de Dom Pedro, pois era nessa igreja que o pai assistia às missas militares.

Foto: Tenente Marayane Ribeiro (CECOMSAER)

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