Mundial de Clubes: Vitor Pereira amarga mais uma derrota a frente do Flamengo

Mundo Lusíada e EBC

Depois de perder a Supercopa do Brasil para o Palmeiras, o técnico português Vitor Pereira sofreu mais uma derrota, dessa vez no Mundial de Clubes, no Marrocos.

O sonho do Flamengo de conquistar pela segunda vez na história o mundo chegou ao fim. O Rubro-Negro foi derrotado por 3 a 2 pelo Al Hilal (Arábia Saudita), na tarde desta terça-feira (7) no Estádio Ibn Batouta, em Tânger (Marrocos), pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa.

Havia muita expectativa de que a equipe da Gávea, que já conquistou o mundo em 1981 diante do Liverpool (Inglaterra), pudesse fazer uma boa apresentação diante da equipe saudita, campeã da Ásia, e não encontrasse dificuldades de chegar à grande decisão.

Mas o que se viu desde o início da partida foi um Flamengo com maior qualidade técnica, mas que encontrava dificuldades diante de um Al Hilal muito aplicado na defesa e que apostava em jogadas de contra-ataque aproveitando espaços dados pelos defensores do time brasileiro.

E os sauditas aproveitaram uma falha da defesa do Rubro-Negro para abrirem o marcador. Aos dois minutos Matheuzinho deu bote errado em Vietto dentro da área e o juiz marcou pênalti. O saudita Salem Al-Dawsari cobrou muito bem e superou o goleiro Santos.

Com a desvantagem no marcador o time da Gávea assumiu uma postura mais agressiva dentro de campo e passou a empilhar oportunidades, até que, aos 19 minutos Matheuzinho encontrou espaço para cruzar para Pedro, que, de chapa, bateu colocado para deixar tudo igual.

O domínio do Rubro-Negro aumentou e a impressão que prevalecia era a de que o gol da virada não demoraria a sair. Porém, já aos 50 do primeiro tempo, aconteceu um lance que mudou toda a dinâmica da partida. Vietto caiu dentro da área após disputa com Gerson. O juiz consultou o VAR (árbitro de vídeo) e decidiu marcar o pênalti e expulsar o volante do Flamengo. Al-Dawsari foi para a cobrança novamente e deslocou Santos para colocar o Al Hilal novamente em vantagem.

No retorno do intervalo, o técnico português Vítor Pereira fez uma mudança questionável, tirou o principal articulador do Flamengo, o uruguaio Arrascaeta, para colocar em campo o volante Pulgar. A partir daí a equipe da Gávea se desorganizou de vez, partindo para o ataque no desespero e oferecendo espaços para os contra-ataques dos sauditas.

E foi desta forma que o Al Hilal chegou ao terceiro aos 24 minutos do segundo tempo. Após falha de Pulgar, Salem dominou e encontrou Vietto, que dominou diante de David Luiz antes de chutar para marcar. Aos 45 Pedro ainda descontou, mas a vitória final foi mesmo dos sauditas.

Agora a equipe saudita aguarda o confronto entre o Real Madrid (Espanha) e o Al Ahly (Egito), a partir das 16h (horário de Brasília) desta quarta-feira (8) no Estádio Prince Moulay El Hassan, em Rabat (Marrocos), para conhecer o seu adversário na final.

Técnico

“O tempo de trabalho não é muito, mas eu sabia quando aceitei o desafio. O calendário já apresentava o Mundial de Clubes nessa altura. Há falta de tempo, mas isso nunca será justificativa para não encarar com a ambição que nós estamos encarando”, falou o técnico Vitor Pereira em coletiva de imprensa antes da partida.

Após a eliminação, o técnico lamentou a atuação da arbitragem. “Eu vou dar a minha opinião, que é minha. Nos preparamos para este adversário, estudamos o adversário, mas o que nós não nos preparamos é para uma arbitragem não ajustada ao nível da competição. Uma falta de critério muito grande, uma arbitragem provocatória, e se não fosse a personalidade dos nossos jogadores, eu estou convencido que acabaríamos o jogo com mais expulsões” disse Vítor Pereira ao Globo Esporte.

“Decisões são discutíveis. Não optaria por deixar uma equipe só com o Thiago Maia, com jogadores necessitando de propensão ofensiva. Precisávamos de mais um, dois, três, porque a equipe iria se desiquilibrar. Não foi minha opção tirar o Arrascaeta, mas precisei, era escolher entre ele e o Gabigol. Precisava equilibrar a equipe com um a menos. Foi uma decisão muito difícil, pro nível que o Arrascaeta tem, mas eu tive que tomar uma decisão e foi esse o meu critério” defendeu o português.

O comentarista e narrador Galvão Bueno, da tv Globo, fez duras críticas ao técnico Vitor Pereira e diretoria do clube:

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