Apoio pelo fechamento dos restaurantes nos fins de semana é de 25 milhões

Da Redação
Com Lusa

O ministro português da Economia disse que apoio excecional aos restaurantes dos concelhos abrangidos pelo estado de emergência para os compensar pela receita perdida nestes dois fins de semana acenderá a 25 milhões de euros.

Em causa está uma medida excecional e complementar às outras que já existem para o setor da restauração, consistindo num apoio equivalente a 20% da receita perdida neste fim de semana e no próximo face à média da faturação de todos os fins de semana deste ano.

Em conferência de imprensa, o ministro explicou que no caso específico deste apoio o cálculo da média de perda de receita é feito por comparação com os fins de semana dos primeiros nove meses do ano porque o objetivo é compensar estas empresas relativamente ao que poderiam faturar se estivessem abertas.

O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos.

Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.

Esta medida fez aumentar a contestação do setor da restauração havendo manifestações marcadas para hoje.

Este apoio excepcional, que será pago em dezembro, irá juntar-se aos 1.103 milhões de euros que já foram disponibilizados ou estão anunciados para o setor da restauração, onde se incluem 286 milhões de euros através do ‘lay-off’ simplificado e do apoio à retoma progressiva, 12 milhões de euros através do programa Adaptar e 580 milhões de euros em linhas de crédito.

Os dados avançados sábado pelo ministro indicam que dos 750 milhões de euros contemplados no programa Apoiar.pt, 200 milhões de euros serão absorvidos pelo setor da restauração.

O Apoiar.pt consiste num apoio a fundo perdido destinado a micro e pequenas empresas dos setores mais afetados pela crise, como é o caso do comércio, cultura, alojamento e atividades turísticas e restauração, abrangendo as que tiveram quebras de faturação superiores a 25% nos primeiros nove meses deste ano.

Esta semana, donos de restaurantes e integrantes do setor promoveram manifestações em algumas cidades contra as medidas implementadas do governo.

Neste sábado, centenas de empresários e trabalhadores da restauração, eventos culturais e animação noturna estiveram no Rossio, em Lisboa, exigindo apoios do Governo para lutarem contra o desemprego e continuarem “a pôr pão na mesa”.

Em frente ao Teatro Nacional Dona Maria II, e rodeados por um visível aparato policial, os organizadores do protesto fizeram-se ouvir em cima de um carro de som: “a restauração e a cultura estão a morrer!”.

Os presentes, munidos de máscara e com algum distanciamento social, empunharam cartazes onde se leem as principais reivindicações destes setores.

“Estão a matar 100% dos restaurantes por 3% do contágio”, “Queremos trabalhar, deixem-nos viver” ou “Não há saúde sem economia” são algumas das frases nos cartazes de alguns dos manifestantes.

Os vários intervenientes queixam-se de terem sido obrigados a despedir trabalhadores, nomeadamente no setor da animação cultural, mas também na restauração, na hotelaria, nas discotecas e bares noturnos e nos transportes de turistas.

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