Reservas para a Páscoa no Algarve antecipam ocupação hoteleira elevada

Da Redação com Lusa

As reservas nos hotéis do Algarve para as miniférias da Páscoa antecipam uma ocupação elevada na região, tendência que deverá manter-se em crescimento até ao período de verão, segundo responsáveis do setor.

Em declarações à Lusa, o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes, disse que na Páscoa há a expectativa de o Algarve atingir uma taxa de ocupação por quarto superior a 90%, frisando que o mês de abril, na sua globalidade, deverá registar taxas de ocupação por quarto entre os 65 e os 70%.

Já o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins, estimou que o setor tenha uma ocupação por quarto na ordem dos 70% durante a Páscoa, o que representa um aumento de 03% em relação ao mesmo período de 2022.

“A perspectiva que temos é de ir muito próximo dos 70% no fim de semana da Páscoa, o que corresponde a um aumento de 03% em relação a 2022”, disse à agência Lusa Hélder Martins, baseando-se nos dados obtidos numa sondagem que a organização fez aos seus associados na semana passada.

Para João Fernandes, 2023 será “um ano de recordes” no setor, o que se deve, também, ao esforço feito na promoção da região, que tem mostrado “sucessivos recordes de passageiros” desembarcados no aeroporto de Faro, que conta agora com 18 novas rotas, duas das quais começam a operar na segunda-feira, uma para Roma (Itália) e outra para Aahrus (Dinamarca).

“Há aqui também várias novas valências de que o destino passa a dispor, em termos de ligações, que correspondem a um esforço conjunto do Turismo do Algarve, do Turismo de Portugal e da ANA Aeroportos, e que se traduzem em mais 335.000 lugares para o verão”, quantificou.

O presidente da AHETA recordou que a Páscoa “vive muito do mercado espanhol”, mas sublinhou que o mercado do Reino Unido é “preponderante” no Algarve, ao qual se devem juntar o francês e o holandês, entre outros novos mercados, como o norte-americano, que está numa tendência ascendente, apesar de não haver voos diretos para o Algarve.

De acordo com o líder da maior associação hoteleira da região, estes turistas têm chegado à região mesmo em época baixa, depois de terem entrado por Lisboa e por Sevilha, no entanto, considerou, é importante consolidar este mercado, para que possa crescer.

“Não é um mercado que venha e volte no dia a seguir. É evidente que para que esse mercado se consolide, e é um mercado extremamente importante, é necessário que haja voos e não há voos, por enquanto”, concluiu Hélder Martins.

Segundo o presidente do Turismo do Algarve, as reservas para a Páscoa apresentam este ano “uma componente de maior estabilidade” em relação à percentagem de reservas pagas antecipadamente, que estão a retomar o equilíbrio que havia antes da pandemia de covid-19.

De acordo com João Fernandes, cerca de 30% das reservas para o Algarve estão a ser pagas antecipadamente, havendo, também, um maior equilíbrio entre reservas feitas diretamente pelo turista e reservas com intermediação, nomeadamente através de agências de viagens.

“Tudo aponta para mais um ano de recordes, mas aquilo que o turismo não se cansa de dizer é que estamos otimistas, mas cautelosos, porque obviamente há uma instabilidade grande a nível internacional e podem ser goradas algumas expectativas por fatores que são externos”, concluiu.

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