Gasto de estrangeiros no Brasil cresce em janeiro, 85 mil passageiros de Portugal esperados para o verão

Da Redação

O turista internacional está retomando a confiança de viajar para o Brasil. É o que mostra o valor deixado pelos viajantes vindos de fora do país em janeiro deste ano. Ao todo, os estrangeiros deixaram no Brasil US$ 604 milhões. A informação é do novo boletim com estatísticas do setor externo do Banco Central do Brasil (Bacen) divulgado na sexta-feira (24.02).

O montante representa uma alta de 3,8% em relação ao contabilizado no mesmo mês de 2020, período pré-pandemia, quando foram gastos US$ 582 milhões. Quando comparado ao último ano, o crescimento é ainda maior, chegando a um crescimento de 43,5%.

Dados da Embratur dão conta de que mais de 1,28 milhão de turistas estrangeiros estão com passagens compradas para curtir o verão no Brasil. Segundo o órgão, os dois países que mais enviarão turistas no período são Argentina e Estados Unidos. A previsão é de que mais de 264 mil argentinos desembarquem durante a alta temporada brasileira. Já os norte-americanos serão mais de 247 mil. Completam o top 5 de estrangeiros Portugal (85,3 mil), Chile (69,3 mil) e Itália (53,2 mil).

A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, reforça que o ano de 2023 marca o retorno do Brasil ao cenário internacional, também para a atividade turística. “Começamos o ano com a missão de reconstruir o país e isso já começa a impactar o turista estrangeiro. Continuaremos firmes na estruturação e promoção dos nossos destinos que atrairão cada vez mais viajantes, gerando emprego e renda para a nossa população”, destacou.

Em 2022, o Brasil registrou o ingresso de 149.747 turistas vindos de Portugal, seguido de França (130.910), Alemanha (120.670), Reino Unido (87.909), e 86.766 turistas da Itália, entre europeus.

NOVA GESTÃO

A estruturação dos destinos é um dos eixos estratégicos lançados pelo Ministério do Turismo para os primeiros 100 dias de governo. Entre as ações do Plano está o financiamento de obras de infraestrutura turísticas pelo país, com um olhar atento para a retomada de obras paralisadas.

Serão retomadas ações de acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida como, por exemplo, a realização de uma pesquisa sobre o perfil deste turista e um mapeamento de empresas que ofereçam produtos e serviços com alternativas de acessibilidade.

Também está previsto a ampliação de cursos de qualificação de trabalhadores que atuam no turismo, com foco no empreendedorismo feminino, bem como a articulação e disponibilização de microcrédito para profissionais e pequenos empreendedores no setor de turismo.

Outra ação é o lançamento do edital para seleção de cidades que participarão do projeto de implantação da Rede de Cidades Criativas, além da disseminação da metodologia de estruturação de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI).

O Turismo de Base Comunitária também será reforçado, a partir de parcerias que estão em fase de estruturação com entes governamentais. O segmento permite que visitantes convivam com modos de vida tradicionais e, ao mesmo tempo, estimula o desenvolvimento local.

O plano, lançado no início do mês, está dividido em cinco eixos estratégicos: Diálogo; Sustentabilidade e mudanças climáticas; Carnaval; Estruturação de destinos e redução do preço das passagens aéreas para democratizar o acesso da população à aviação no país.

O faturamento do turismo brasileiro no ano passado foi de R$ 208 bilhões, 28% maior do que o registrado em 2021. No mês de dezembro, início das férias escolares e período de alta temporada, o crescimento foi de 14,4%. Os dados são do levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano de 2022, todos os setores analisados pelo estudo registraram alta, com destaque para o de transporte aéreo, cujo faturamento foi de R$ 66,5 bilhões. O número foi 65,2%, superior ao registrado no mesmo período de 2021.

Segundo a Fecomércio, o fim das restrições causadas pela Covid-19, o aumento da demanda e a maior quantidade de assentos ofertados estão entre os impulsionadores da alta.

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