O secretário-geral do PS defendeu neste dia 18 um “pacto nacional” para lidar com as questões do envelhecimento e criticou a “situação de instabilidade e caos” no SNS, com 15 urgências fechadas este fim de semana, responsabilizando o primeiro-ministro.
Em declarações aos jornalistas em Sintra, Pedro Nuno Santos lamentou que, neste período de pré-campanha, se esteja a falar “muito pouco dos mais velhos”, considerando que é preciso dar “mais atenção” à questão do envelhecimento da população, frisando que é preciso reforçar os apoios sociais para as camadas mais velhas da população e “voltar a fazer o investimento que o país fez durante muitos anos” para alargar a rede de lares de terceira idade.
Além deste investimento nos lares, Pedro Nuno Santos referiu que é também necessário integrar os cuidados sociais e os cuidados de saúde e passar-se de um “sistema que está centrado no hospital para que esteja centrado cada vez mais na comunidade”.
“Isso significa que nós precisamos de equipas multidisciplinares, com médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais, que façam acompanhamento dos doentes crônicos e dos mais velhos nas suas casa, quando isso é possível”, disse.
O secretário-geral do PS disse que isso seria não só melhor para os próprios, mas também para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), porque “evita que as pessoas tenham de recorrer aos hospitais ou às urgências e melhora a qualidade de vida dos doentes”.
Pedro Nuno Santos garantiu que, caso o PS seja Governo, irá fazer “aumentos extraordinários” e permanentes das pensões sempre que a economia o permitir, acima dos valores previstos pela lei. Para ele, essa é que é a “política correta, por oposição à da AD, que prefere dar bónus pontuais que não se refletem no aumento permanente da pensão”.
Nestas declarações aos jornalistas, Pedro Nuno Santos abordou ainda a situação no SNS, numa altura em que oito urgências vão estar fechadas no sábado e dez no domingo.
O secretário-geral do PS defendeu que já no verão e no inverno tinha havido urgências encerradas e considerou que se vive “uma situação de instabilidade e de caos no SNS”, frisando que Luís Montenegro tinha prometido que “iria resolver, de forma rápida e fácil os problemas da saúde”.
“O que nós verificamos, infelizmente para os portugueses, é que os problemas da saúde se estão a agravar”, disse.
Para Pedro Nuno Santos, que o “principal responsável” pela atual situação no SNS é Luís Montenegro e a segunda responsável é Ana Paula Martins, ministra da Saúde, que é “também candidata a deputada, o que indicia que Luís Montenegro não retirou nenhuma consequência do que aconteceu no último ano”.
“Por isso, nós precisamos mesmo de uma mudança, de uma mudança segura em Portugal”, disse.