Mundo Lusíada Com agencias
Foi dada a largada. Portugal iniciou as comemorações do Centenário da República Portuguesa, que serão promovidas ao longo deste ano de 2010. Nos dias 30 e 31 de janeiro, a comemoração foi iniciada no Porto, homenageando a revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891, com a presença do presidente português Aníbal Cavaco Silva. Na ocasião, o presidente luso inaugurou a exposição "Resistência: da alternativa republicana à luta contra a ditadura", patente na antiga Cadeia da Relação. Ela traz não só a primeira tentativa para instaurar a República, mas também os que, depois do 5 de Outubro de 1910, e até Abril de 1974, resistiram à opressão do Estado Novo, citando nomes portuenses como Mário Cal Brandão, Abel Salazar e o bispo D. António Ferreira Gomes. "Na madrugada de 31 de Janeiro de 1891, os portuenses ergueram-se, percorrendo com entusiasmo patriótico estas ruas e estas praças dispostos a todos os sacrifícios por um ideal cívico. Acontecimentos internacionais recentes tinham revelado as fragilidades do Portugal da altura (…) Animados pelo ideal da razão, aqueles homens generosos buscavam uma resposta para os impasses de que Portugal sofria. A revolta fracassou então, mas deixou sementes que frutificariam duas décadas mais tarde, com a instauração da República, em Outubro de 1910. A República cujo centenário começamos hoje mesmo a comemorar" discursou Cavaco Silva, no Porto. "Podemos agora ser justos para sopesar as esperanças e as realizações. Graças à distância de um século, conseguimos agora avaliar com objetividade os feitos e os defeitos que a Primeira República, como qualquer regime, ostentou" afirmou o presidente luso, dizendo ainda que as comemorações têm um papel importante, e traz uma necessidade de comemorar a República o que demonstra que o passado continua vivo. "Está em nós a capacidade de mudar, de começar de novo todos os dias, podendo ser sempre um pouco melhores, sem pôr tudo em causa. Aprendendo, afinal, com a História". Comissão A Presidência Portuguesa criou, para as comemorações do Centenário, uma Comissão Organizadora que promove e divulga toda a programação. Presidida por Dr. Artur Santos Silva, o presidente Cavaco Silva também elogiou o trabalho desenvolvido por eles. "As Comemorações do Centenário poderão ser a semente de um novo espírito de cidadania. As centenas de iniciativas que irão ser lançadas em todo o País, e que se prolongarão para além de 2010, representam a oportunidade ideal para revisitar os valores que unem aqueles que identificam republicanismo com dedicação à Coisa Pública: o amor à Pátria, a ética na vida pública" afirmou Cavaco, pedindo um mesmo espírito que moveu os revoltosos do 31 de Janeiro, "feito de inconformismo e de esperança, alicerçado no desejo de um Portugal melhor, mais fraterno e mais solidário". As atividades que comemoram o centenário passam ainda por teatro, música, conferências, e até subida à Torre dos Clérigos. A data foi lembrada na Universidade de Coimbra, além de uma reconstituição histórica da revolta de 31 de Janeiro de 1891, que ocorreu dia 30, na Praça da Batalha, no Porto. Uma encenação pela Seiva Trupe no Teatro do Campo Alegre também foi promovida, além de uma exposição no Museu Nacional de Imprensa, um concerto na Casa da Música dedicado ao ano de 1910 e um espetáculo no Coliseu do Porto, reunindo quatro grandes nomes da música nacional ligados ao Porto: Rui Veloso, Sérgio Godinho, Rui Reininho e Pedro Abrunhosa. Dentre as várias atividades desenvolvidas, escolas, autarquias, instituições privadas estão sendo chamadas a tomar parte em múltiplas atividades. E assim, "em nome desta esperança coletiva que se chama Portugal" o presidente luso declarou oficialmente abertas as Comemorações do Centenário da República. Com pretensão de ser prolongado até agosto de 2011, o programa nacional do centenário está orçado em 10 milhões de euros. Acompanhe no Mundo Lusíada as informações sobre estas atividades ao longo das próximas edições.
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