Portugal defende economia azul e tratado dos oceanos em Fórum Político na ONU

Da Redação

Líderes internacionais participam até esta sexta-feira do Fórum Político de Alto Nível, organizado pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, Ecosoc. De forma voluntária, pelo menos 44 países apresentam os relatórios nacionais sobre seu desempenho em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O único país de língua portuguesa a falar na manhã desta quarta-feira foi Portugal, com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

No primeiro evento presencial após a pandemia, o secretário-geral António Guterres, que também discursou, disse que o tempo se esgota, mas ainda há esperança para cumprir as metas.

Na ação imediata, ele pede o fim de guerras, uma revolução na área de energia renovável, investimento em pessoas e na construção um novo contrato social.

Guterres ressalta urgência em quatro áreas, priorizando a recuperação da pandemia e o enfrentamento da crise alimentar, energética e financeira. Ele recomenda ainda o investimento nas pessoas dando primazia à educação e a ações climáticas ambiciosas para manter viva a meta de 1.5 grau nesta década.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, falou por videoconferência após cancelar a viagem por causa dos incêndios florestais em seu o país.

O chefe de Estado ressaltou que o calor e as condições que propiciam o problema ainda devem prevalecer por vários dias.

Ele destacou como os eventos extremos revelam “a força esmagadora da mudança climática e sua frequência, obrigando a pensar no que se pode fazer melhor”.

Portugal ressaltou que houve avanços para conter a pobreza extrema e melhorar o desempenho nacional em áreas como saúde, educação e igualdade de gênero principalmente no contexto da pandemia.

Rebelo de Sousa destacou que o ensino a distância ajudou a aliviar a crise.

Ele pediu que a comunidade internacional pense grande, olhe bem à frente, respeite valores e princípios, preste ajuda e atue de forma imediata e conjunta.

O presidente português lembrou que o país acaba de acolher a Conferência dos Oceanos, realizada em Lisboa, como contribuição para a negociação por um tratado global para proteger a biodiversidade marinha em áreas além da jurisdição internacional.

Rebelo de Sousa apelou que o entendimento seja ambicioso e sem adiamentos.

Marcelo Rebelo de Sousa pediu ainda que haja ainda um compromisso para a proteção de 30% dos mares com base no respeito à ciência, às necessidades das espécies à proteção de uma porção significativa dos ecossistemas.

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