ONU aponta desenvolvimento humano e desemprego em Portugal

Divulgado na quinta, 09 de novembro, na Cidade do Cabo, África do Sul, o relatório anual do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) traz Portugal na 28ª posição de índice mundial de desenvolvimento humano, descendendo uma posição em relação ao ano passado. O relatório de 2006 se baseia em números de 2004, avaliando países não apenas pelo seu Produto Interno Bruto, mas também a partir de indicadores de bem-estar como a esperança de vida, a educação e a saúde.

As Nações Unidas fixam em 77,5 anos a esperança média de vida à nascença, enquanto no relatório anterior era de 77,2 anos. As mulheres (90,2%) têm mais probabilidade de viver depois dos 65 anos que os homens (79,9), dados que se mantêm inalterados relativamente ao relatório anterior.

Sobre a educação, o documento destaca que Portugal desceu ligeiramente no que diz respeito à alfabetização de adultos, passando dos 92,5 para os 92%. Portugal aumentou levemente os gastos públicos com a Educação, que subiram dos 5,8 para os 5,9%. No entanto, a prioridade do país entre os gastos públicos vai para a Saúde, com registro de um pequeno aumento de investimento. Em 2003, Portugal gastou cerca de 1.400 euros por pessoa na saúde, tendo subido 100 euros relativamente ao ano anterior. A ajuda de Portugal com o resto do Mundo situou-se em 2004 nos 803 mil euros, valor muito acima aos 249 mil euros registado no relatório anterior.

O PNUD destaca ainda que em Portugal, por cada 1.000 habitantes, 404 tem telefone fixo, 981 telemóvel e 281 acesso à Internet. Relativamente ao relatório anterior, o número de portugueses com telefone fixo diminui, ao mesmo tempo que aumentou os que possuem celulares.

O relatório indica ainda que em 2015 viverão em Portugal 10.800 milhões de pessoas, registando-se um crescimento 0,3% da população, e a maioria (63.6%) terá residência nos centros urbanos e 18,9% terá mais de 65 anos.

Sobre o desemprego, o relatório indica que em Portugal, o desemprego de longa duração se situava nos 7,5% em 2005, contra os 6,3% em 2003. No ano passado, estavam no desemprego 412 mil portugueses, mais 69.700 pessoas do que em 2003, sendo visível a falta de emprego nos jovens, que registou um aumento de 1,5% em dois anos.

Os dados mostram ainda que o desemprego afeta mais os homens (49.9%) do que as mulheres (47.1). De acordo com as Nações Unidas, Portugal é o nono país europeu com maior taxa de desemprego.

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