Lula faz festa em SP e é recepcionado em Brasília

 Foi em São Paulo que o presidente Lula acompanhou a apuração dos votos, na noite do domingo de eleição, 29 de outubro. Antes mesmo de acabar as apurações das urnas, quando o candidato já apresentava vantagem em cima do candidato do PSDB Geraldo Alckmin, quem cumprimentou o presidente por telefone, Lula seguiu para o seu primeiro pronunciamento, em um hotel de São Paulo.

Chamando o resultado das eleições como “momento mágico” para a democracia do Brasil, Lula disse que tanto acertos como erros do governo federal permitiu um “processo eleitoral mais amadurecido, com mais consciência e consistência das dificuldades que o Brasil enfrenta para dar o salto de qualidade que o Brasil precisa dar”. 

Antonio Cruz / Abr

Para ele, o Brasil deve crescer mais no próximo mandato, na distribuição de renda, consolidação da política externa brasileira, aumento no combate à corrupção, e ainda atingindo um “padrão de desenvolvimento que será colocado entre os países desenvolvidos no mundo”. Após o pronunciamento, Lula seguiu para uma festa na Avenida Paulista, com dezenas de adeptos ao partido e sua campanha. Em São Paulo, Alckmin obteve a maioria dos votos. Nesta segunda, 30 de outubro, Lula retornou à Brasília, onde desembarcou por volta das 10 horas, e seguiu em carreata até o Palácio da Alvorada. Cerca de 200 militantes do PT acompanharam o candidato reeleito até a residência oficial, com bandeiras nas mãos e camisetas da campanha de Lula. Em Brasília, Lula voltou a afirmar que a vitória do segundo turno foi “dádiva de Deus”. “Houve quem achou que o segundo turno facilitaria a vida deles (adversários), mas facilitou a nossa” afirmou o petista. O presidente esteve acompanhado da esposa, a primeira-dama Marisa Letícia, e dos ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), Tarso Genro (Relações Institucionais) e do governador reeleito pelo Piauí, Wellington Dias (PT). Nesta tarde, Lula deve seguir para Palácio do Planalto, onde deverá receber telefonemas de presidentes de outros países. Lula também deve conversar com os governadores eleitos, entre eles o eleito governador de Minas, Aécio Neves (PSDB).

 

Mídia internacional A imprensa internacional divulgou que o petista fez campanha na “esquerda”, mas governou na “direita”. Para o jornal The New York Times, Lula obteve uma “vitória esmagadora” superando “uma série de escândalos de corrupção e políticos que mancharam a sua imagem e minaram a sua credibilidade”. O Wall Street Journal divulga que “usando carisma e um ar de homem comum para superar escândalos de corrupção, Lula venceu facilmente o segundo turno das eleições brasileiras”. O Washington Post referiu: “Para muitos, Alckmin foi simplesmente o receptor dos votos de protesto, passivo em uma eleição completamente definida pelo carismático porém controverso Lula”. No Mercosul, alguns jornais argentinos afirmam que a vitória de Lula fortalece os planos para o Mercosul. O Clarin mostra o “crescimento anêmico” do Brasil, em torno de 2% ao ano, e diz que Lula terá que mostrar um crescimento próximo da média na América Latina, de 4,8%. O La Nación diz que Lula usou do carisma neste segundo turno, com jeito afável e sorrisos. “Esse é o estilo que possivelmente manterá em seu segundo mandato, quando tiver de usar todas as armas de seu carisma para navegar nas águas turbulentas da luta política por sua sucessão” diz o texto.

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