Luís Barreira manifesta-se contra comentários sobre o Consulado

O Jornal Mundo Lusíada publicou na edição anterior (nº 166), a carta de desagrado e de protesto de funcionários do órgão, que denunciaram diversas irregularidades.

Mundo Lusíada

No dia 10 de outubro recebemos da assistente do Cônsul-geral de Portugal em São Paulo, Carolina Maria Araújo de Almeida, outro comunicado no qual o diplomata manifesta publicamente sua “enorme indignação” com mais este tipo de manifestação contra sua gestão. 

Luís Barreira referiu-se a carta enviada em 28 de setembro ao Ministro dos Negócios Estrangeiros como mais uma peça de “finíssima manipulação lançada para o caldeirão dos azedumes, infâmias e mentiras que um pequeno grupo de pessoas vêm enchendo e remexendo desde que acabaram as filas de espera no Consulado-geral em São Paulo, há dois anos atrás”. 

O documento, que foi parar também na mesa do Sindicato da categoria (STCDE), em Lisboa, teria assinatura de 15 funcionários. Defendendo o “outro” grupo de 15 funcionários, Luís Barreira diz que os “perseguidos” não têm razão para as reclamações. “Perseguidos porque a sua correspondência privada é violada? Não, certamente, pois não se compreenderia que o endereço do Consulado-geral de Portugal em São Paulo continuasse a ser usado para fins privativos”, disse descrevendo assim uma “razão” pela violação de correspondências. 

Pela reclamação de estarem sendo filmados, o diplomata desmente que o sistema esteja “vigiando” os funcionários. “Das dez câmaras que são usadas no Consulado, sete estão no exterior, uma na Sala de Espera dos utentes, e duas no Centro Emissor de BI, das quais uma por dentro e outra por cima da respectiva porta de acesso”. 

O cônsul desmente e justifica outras situações reclamadas, como a comunicação externa com número externo de telefone e acesso irrestrito à Internet. Carga horária estipulada pela lei, de 5,30 horas. Salário, segundo ele “robusto” de 3130 dólares por mês, líquidos de impostos e somam 14 salários anuais. 

Após referir às filas inexistentes, ao atendimento modernizado e dos mais de seis mil inscritos nos Cadernos Eleitorais desde setembro de 2004, Luís Barreira tentou mostrar que as reclamações são infundadas. 

“Espero no entanto que a opinião pública portuguesa de São Paulo ajuíze com serenidade, sobretudo aqueles que têm suficiente experiência de vida para poder comparar o que foi com o que é, e concluir se agora o Consulado-geral está ou não mais perto dos utentes – os que fomos educados a acreditar serem os únicos “donos da casa”, na qual quem trabalha não passariam de meros servidores, que só se deveriam distinguir entre si pela intensidade do “serviço” que todos foram “contratados” para prestar, com a máxima isenção”, finaliza. Para ler o comunicado do Cônsul-geral na integra, clique aqui.

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