Entrevista: Portugal aproxima europeus da CPLP durante presidência na UE

Portugal está numa região política e economicamente estáveis, é "um parceiro privilegiado para a cooperação". Enquanto Brasil é "membro de peso" pela dimensão geográfica, populacional, econômica.

 

Mundo Lusíada

Em entrevista exclusiva ao Mundo Lusíada, o Embaixador Luís Fonseca, Secretario Executivo da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), falou sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, o papel da instituição e o peso de Brasil e Portugal como países-membros.

"A presença do Estado Português na CPLP, no exercício da atual Presidência da União Europeia, é um fato que contribui para uma maior visibilidade, aproximação e cooperação entre o espaço político da União Européia e a nossa Comunidade" afirma Luis Fonseca ao Mundo Lusíada.

Recentemente, o Secretariado Executivo da CPLP participou de encontro com o Grupo Político-Militar do Conselho da União Européia, na sede da organização, para conhecer seus objetivos e estrutura.

Para o SE, a CPLP enquadra membros inseridos nas mais variadas regiões do mundo, tornando-se um importante espaço estratégico em matérias de Segurança e Defesa Internacional.

"O espaço CPLP ao estender-se desde o Continente Americano, Europeu, Africano e Asiático, através do Brasil, na Mercosul, de Portugal, na União Européia, dos cinco Estados africanos de Língua Oficial Portuguesa que estão presentes nas mais estratégicas organizações regionais do seu Continente e Timor-Leste presente no Continente Asiático no seio das emergentes economias da ASEAN, em termos de importância geoestratégica, abarca um vasto cenário de interesses internacionais o que suscita desde logo interesse de cooperações sectoriais como o caso do Grupo Político-Militar".

Brasil e PortugalLuis Fonseca também comentou o papel de peso de países-membros da CPLP como Portugal e Brasil. Para ele, Brasil é "um membro de peso, não só pela dimensão geográfica mas também populacional, econômica e comercial com crescente presença no espaço CPLP e noutros cenários internacionais".

Enquanto Portugal, inserido numa região do mundo política e economicamente estáveis, torna-se "um parceiro privilegiado para a cooperação com outros países em desenvolvimento, nomeadamente no espaço intra CPLP".

Mas também "Angola, Cabo Verde, Moçambique e todos os outros Estados da CPLP desempenham um papel crucial nas regiões e sub-regiões que integram" defende. "Todos os Estados-membros da CPLP têm a sua importância estratégica nas suas respectivas zonas de influência".

Diante do encerramento das suas funções, durante a Cimeira de Chefes de Estado e Governo em julho de 2008, Luis Fonseca comentou sobre a insatisfação das pessoas, sempre exigindo mais da atuação da CPLP. De acordo com ele, a entidade não pode ultrapassar as competências dos próprios governos de seus países-membros.

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