Eleições: Presidente do PSD atingido com tinta verde em Lisboa, partidos lamentam

Mundo Lusíada com Lusa

Neste dia 28, o presidente do PSD, Luís Montenegro, foi atingido com tinta verde por um jovem à entrada da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), onde se deslocou em campanha eleitoral.

O jovem foi imediatamente afastado por um agente da PSP e Luis Montenegro reagiu com humor, dizendo: “Estou preparado para tudo”.

Já o presidente do CDS-PP, Nuno Melo, parceiro de coligação do PSD nas listas da AD, que acompanhava Luís Montenegro na visita, considerou tratar-se de um “ato cobarde e infantil”.

O secretário-geral do PS condenou o protesto apelando a que não se repita e a que se respeite quem está a defender as suas posições.

“Condeno qualquer protesto em contexto de campanha democrática. Nós temos de saber respeitar, isto é um momento muito importante da nossa democracia. Os partidos estão a fazer legitimamente as suas campanhas, a apresentarem os seus projetos, e nós temos de respeitar, e depois o povo português expressa a sua intenção de voto nas urnas no dia 10 de março”, declarou Pedro Nuno Santos.

A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, lamentou o protesto com tinta verde, mas mostrou-se solidária com a “frustração dos jovens que vão pagar a fatura climática”.

Em Carcavelos, Inês Sousa Real afastou qualquer ligação do Pessoas-Ambiente-Natureza (PAN) a organizações que protagonizaram o ato contra Luís Montenegro, entretanto reivindicado pelo movimento Fim ao Fóssil.

“O PAN não tem qualquer ligação a estes movimentos da sociedade civil. Respeitamos a independência e autonomia destes movimentos”, disse a candidata do PAN, acrescentando: “Ao invés de atirar tinta e estarmos a discutir esta ação, seria importante estarmos a discutir as políticas ambientais de cada força política”.

A coordenadora do BE condenou o “ataque à liberdade na campanha” eleitoral e à democracia que representou o facto do líder do PSD ter sido atingido com tinta, considerando que os autores são “os piores defensores” da causa climática.

“O ataque de hoje ao PSD é um ataque à liberdade na campanha eleitoral e portanto à democracia”, condenou Mariana Mortágua através de uma mensagem nas redes sociais. “Se os autores desta ação alegam uma causa justa, então são os piores defensores dessa causa”.

O presidente da Iniciativa Liberal (IL) condenou o fato. “Intolerável e condenação total. Quero aqui manifestar a minha solidariedade ao líder do PSD, Luís Montenegro”, afirmou Rui Rocha à margem de uma visita à União das Misericórdias, em Lisboa.

“Alerto que além destes atos há outras coisas a acontecer na democracia portuguesa que põem causa as instituições, que põem em causa a credibilidade até de quem pratica estes atos, diminuindo qualquer legitimidade que tivessem relativamente às ideias que defendem”, afirmou.

O porta-voz do Livre lamentou o incidente e defendeu uma adequação entre os fins e os meios no combate pelas causas.

“Achamos que toda a gente que é ativista de uma causa, que ama a causa pela qual luta tem também a responsabilidade de pensar sempre sobre a adequação entre os fins e os meios, porque quanto mais ama essa causa mais quer que todos os seus concidadãos sejam atraídos para lutar também por ela”, afirmou à margem de uma ação de campanha na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O presidente do Chega, André Ventura, considerou hoje que Montenegro, foi alvo de um ato de covardia. “O que aconteceu em Lisboa, em que o candidato da AD foi atacado com tinta, é um ato desprezível e de cobardia”, escreveu Ventura na rede social X (antigo Twitter).

 

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