Eleições europeias: Taxa de abstenção em Portugal foi 63,6%

Da Redação com Lusa

 

O PS é a força política mais votada, com 32,40% dos votos e cinco eurodeputados, nas eleições europeias de hoje, quando estão apurados os resultados em 2.994 das 3.092 freguesias, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

A Aliança Democrática (PSD/CDS/PPM), com 31,95% e cinco mandatos, é o segundo mais votado, e o Chega, com 9,89% e um mandato, está em terceiro.

As eleições para o Parlamento Europeu registaram hoje em território nacional uma taxa de abstenção de 63,6%. Às 20:00, numa altura em que já estavam encerradas as urnas em todo o território português, a taxa de afluência era de 36,48%.

Os números da abstenção na eleição de hoje (63,6%) são semelhantes ao do escrutínio de 1994, em que Portugal atingiu os 64%, o pior resultado do século passado.

Há cinco anos, Portugal tinha visto a taxa de abstenção em eleições europeias atingir quase 70%, uma participação eleitoral que registou mínimos históricos desde as primeiras eleições para o Parlamento, em 1987.

Nessas eleições para o Parlamento Europeu, foram votar apenas 30,75% dos mais de 10,7 milhões de eleitores inscritos.

Este foi um registo que confirmou a tendência decrescente da adesão dos eleitores portugueses às eleições para o Parlamento Europeu, visto que em 2014 já tinha sido batido um novo recorde de abstenção, com 66,33% dos eleitores a falharem a chamada às urnas.

Desde então, nunca mais se conseguiu baixar da barreira dos 60% em todos os momentos eleitorais posteriores.

Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro votaram hoje para escolher 21 dos 720 eurodeputados do Parlamento Europeu.

A estas eleições, para as quais se inscreveram para votar antecipadamente no passado domingo mais de 252.000 eleitores, concorrem em Portugal 17 partidos e coligações.

O presidente do PSD, Luís Montenegro, saudou hoje a diminuição da abstenção relativamente às últimas eleições europeias, considerando que é “uma homenagem que os portugueses prestam à política” e a todos que nela participam.

Luís Montenegro disse aos jornalistas que “quer nas eleições legislativas, quer agora nas eleições europeias, os portugueses participaram mais do que aquilo que tinham feito anteriormente”.

“Isso é também uma homenagem que os portugueses prestam à política, aos políticos de todos os partidos, a todos os partidos políticos, a todos aqueles que se dedicam a esta missão de representar o povo português”, considerou.

O presidente do Chega, André Ventura, assumiu a responsabilidade pelos resultados do partido na europeias de hoje, reconhecendo que a eleição de um a três deputados, avançada pelas projeções, não era o resultado pretendido.

“Há uma notícia que é positiva, que é a entrada do Chega de toda a maneira e em qualquer cenário no Parlamento Europeu. Esse é um cenário que eu também queria saudar”, afirmou. “O Chega, segundo todas as projeções, fica atrás do PS e do PSD. Isso não era o resultado que pretendíamos e nós assumimos isso, o responsável por isso naturalmente sou eu próprio”, afirmou.

Já o ex-primeiro-ministro António Costa considerou hoje que os resultados das projeções europeias indicam que os socialistas deverão liderar o Conselho Europeu, mas salientou que a escolha depende dos atuais governos.

Para cargos europeus “há sempre uma extensa lista de ex-primeiros-ministros excelentes. Há uma pequena diferença é que os que estão em exercício são os que estão à volta da mesa [para escolher os nomes] e isso faz tudo uma grande diferença”, afirmou, na CMTV António Costa, evitando responder se está disponível para um cargo europeu.

No seu entender, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, “tem todas as condições para ser reeleita”, porque o “PPE vai continuar a ser a primeira força” e “nenhum dos grupos da extrema-direita consegue ultrapassar os liberais” no Parlamento.

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: