Crise política: Partidos não chegam a acordo em Portugal

Mundo Lusíada
Com agencias

Secretário Geral do Partido Socialista, Antonio José Seguro.
Secretário Geral do Partido Socialista, Antonio José Seguro.

O secretário-geral do Partido Socialista acusou o PSD e o CDS de terem “inviabilizado” o acordo de ‘salvação nacional’ proposto pelo Presidente português, nesta sexta-feira, 19 de julho.

António José Seguro comunicou esta posição dos socialistas numa “declaração ao país”, cerca de uma hora antes de se iniciar a Comissão Política Nacional do PS.

O líder do partido afirmou que não há acordo. “Esta semana fizemos tudo o que devíamos. O atual Governo ignorou sistematicamente o PS. Quisemos o diálogo com todos. Infelizmente, nem todos assim procederam”.

António José Seguro afirmou que reage às palavras do primeiro-ministro com silêncio, com o objetivo de não perturbar o processo de diálogo em curso com os partidos da maioria.

“Eu reajo com silêncio às declarações do presidente do PSD e primeiro-ministro, porque é em silêncio que tenho estado durante todo este processo de diálogo interpartidário. Entendo que os líderes partidários devem ser os primeiros a dar o exemplo, o exemplo de responsabilidade, para que nenhuma das suas palavras possa perturbar aquilo que todos nós desejamos: alcançar um bom compromisso para ajudar os portugueses num momento difícil da vida política nacional”, sublinhou o secretário geral do PS.

António José Seguro sublinhou que o Partido Socialista “está empenhado em alcançar um bom compromisso para resolver os graves problemas do país”, como o desemprego, a quebra de rendimento nas famílias e as falências de empresas. “Que fique claro para todos os portugueses o que cada um defendeu. A nossa proposta está escrita, fundamentada e à disposição de todos os portugueses no site do PS”, realçou Seguro.

Em seu pronunciamento, Seguro citou diversos assuntos os quais o partido trabalhou em prol da população portuguesa, citando soluções realistas também em prol das empresas. Segundo ele, há duas opções para Portugal, manter a direção para os que acham que está tudo bem, ou dar um novo rumo ao país para os que consideram que os portugueses não aguentam mais sacrifícios.

Para o secretário-geral, na sequência do fim das negociações com PSD e CDS neste acordo de salvação nacional, cabe agora ao Presidente da República decidir o que fazer. “O que garanto é que, qualquer que seja a decisão do Presidente da República, o PS vai continuar a bater-se pela aprovação destas propostas que visam a criação de emprego, o crescimento econômico, o equilíbrio das contas públicas, e uma verdadeira reforma do Estado”.

Seguro destacou que a proposta de diálogo tripartido apresentada pelo Presidente da República surgiu na sequência “de uma grave crise política aberta pelas demissões do ministro [de Estado e das Finanças] Vítor Gaspar e do ministro [de Estado e dos Negócios Estrangeiros] Paulo Portas, crise política a que se soma a tragédias social e a espiral recessiva em que o atual Governo mergulhou o país”.

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