Portugal vai assinalar três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco entre quinta-feira e sábado, anunciou hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, indicando que participará nas cerimónias fúnebres em Roma.
“Nós amanhã teremos um Conselho de Ministros onde será consumada a nossa decisão de decretar três dias de luto nacional, que serão na próxima quinta-feira, sexta-feira e sábado”, explicou.
Luís Montenegro falava aos jornalistas à margem de uma visita à obra de construção do Hospital Central e Universitário da Madeira, no Funchal, onde se deslocou na qualidade de presidente do PSD e candidato às eleições legislativas de 18 de maio.
“Tudo aponta que participarei, com sua excelência o senhor Presidente da República (Marcelo Rebelo de Sousa), com o senhor presidente da Assembleia da República (Aguiar-Branco) e o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (Paulo Rangel) nas cerimónias fúnebres que ocorrerão em Roma no sábado”, adiantou.
O governante indicou que a participação de Portugal nas cerimônias fúnebres do Papa Francisco será “ao mais nível”.
Também o Presidente da República anunciou que vai ao funeral do Papa Francisco, no sábado, e que estão também previstas as presenças do presidente da Assembleia da República, além do primeiro-ministro – as três mais altas figuras do Estado português.
Além de Marcelo Rebelo de Sousa, José Pedro Aguiar-Branco e Luís Montenegro, a delegação portuguesa incluirá ainda o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
O chefe de Estado, que falava aos jornalistas à porta da Nunciatura Apostólica da Santa Sé em Lisboa, onde assinou livro de condolências pela morte do Papa Francisco, afirmou que irá partir de Lisboa na tarde de 25 de Abril, depois da sessão solene na Assembleia da República.
“Partirei logo a seguir, ao começo da tarde. Em princípio, se tudo correr como previsto, irá o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros”, acrescentou.
Há 20 anos, no funeral do Papa João Paulo II estiveram o Presidente da República, Jorge Sampaio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da altura, Diogo Freitas do Amaral, em representação do Governo.
A delegação portuguesa incluiu também o antigo Presidente da República Ramalho Eanes, a convite de Jorge Sampaio, e o presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros, José Luís Arnaut, em representação da Assembleia da República.
O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.
A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.